sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Purifique-se!


Quando não nos cabe modificar o meio externo, começamos a mudança pelo que é acessível. Faxinando de dentro para fora, as pessoas perceberão o quão importante é eliminar resíduos e, certamente, o farão também. Se o distanciamento ousar se instalar, nesse meio tempo, não reclame! O novo só se firma quando nós permitimos que o velho vá embora. Liberte-se da poluição que é ter pessoas e sentimentos que não purificam a tua vida e comprometem a tua saúde. Há certas coisas, na vida, que a gente precisa mesmo jogar fora.

(M.C.)

Quem dera que o amor fosse uma questão de escolha, tal como tomar banho de piscina: a gente escolhe se vai só colocar a pontinha do pé, para sentir a temperatura da água, ou se vai mergulhar de cabeça. 

(M.C.)

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Recado da Blogueira

Amorecos,

Venho aqui me abrir com vocês, mais uma vez. Sempre digo que o reconhecimento e o carinho de vocês, queridas leitoras, com o blog é o que me faz ter prazer de continuar escrevendo. Para quem não sabe, o blog é um espaço que eu uso para desabafar e postar meus pensamentos e afins. Tenho recebido o carinho até de alguns meninos, que dizem adorar o que eu escrevo. Não é todo homem que gosta, não é?! Que bom que estou agradando e que os homens estão reconhecendo. No mais, venho pedir encarecidamente que vocês tenham respeito. Já comentei por aqui que tenho uma verdadeira relação de CIÚME com o que eu escrevo e acho EXTREMAMENTE CHATO E DESRESPEITOSO quando alguém divulga meus textos e não coloca a autoria. Para alguns, pode até ser besteira, mas é o mesmo sentimento de um artista que vê sua obra pirateada ou de um estilista que tem seus modelos copiados. Estou certa da compreensão de vocês, tendo em vista que o desbloqueio do blog foi justamente para que houvesse uma maior interação com quem se identifica com o que eu escrevo, mas eu peço que respeitem os limites.

Quero aproveitar e agradecer às minhas queridas leitoras, que tem me ajudado a divulgar os textos. Não dá para citar o nome de todas, mas eu sei que muita gente acompanha: Heloisa Bezerra, Jéssica Silveira, Gabi Gouveia, Alzira Amorim, Taisa Cabral, Camila Carneiro e outras. 

A todas vocês, o meu MUITO OBRIGADO!

terça-feira, 28 de agosto de 2012


Deu vontade de sair, pelo mundo, carregando só uma mochila. Aliás, mochila ainda é muito. Tudo o que é vital, para mim, eu já tratei de guardar na memória e no coração.

(M.C.)

Espaço Brasil: Abra a sua mente!


Como se não bastasse o horário eleitoral e poluição visual que invade as ruas, ainda temos que lidar com a insistência de quem não sabe falar outra coisa a não ser política. Não me importo que quem tenha conhecimento e experiência se habilite a falar do assunto, mas o que me revolta é que quem não sabe nem governar a si mesmo insista em divulgar propaganda de "A" ou "B". Meus caros, se vocês fizessem isso em nome do bem coletivo, eu ficaria conformada. O que não dá mais é pra ver tanta hipocrisia às custas do povo. Eu nunca vi tanta bondade e humildade estampadas no sorriso forçado e nos abraços distribuídos aos pobres coitados que terão que esquecer todas as promessas feitas. No mundo em que não dá mais para colocar a mão no fogo por ninguém, ainda tem gente que atira o corpo todo. Antes ficasse só no fogo. Tem gente que bota a mão na urna com a mesma função: se queimar. Acredite mais em quem faz. Político só é habilidoso no que diz. Você quer um futuro melhor? Estude! Só o conhecimento te liberta da ignorância e te faz enxergar que quem só bate à tua porta e escuta os teus apelos a cada quatro anos não merece o teu respeito, muito menos o teu voto!

(M.C.)

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Um brinde


Um brinde ao que não nos afeta e a quem não nos machuca. Um brinde aos amores que fazem florir e não precisam, necessariamente, ficar. Um brinde à nossa vontade de tudo. Um brinde ao que nos tira o fôlego. Um brinde ao que não cobra e não impede. Um brinde ao que fica só o tempo que precisa ficar. Um brinde à nova fase. Um brinde aos sorrisos sem motivo e aos motivos do sorriso. Um brinde a quem sabe o que tem que fazer e ao fato de ter dispensado quem não soube aprender. Um brinde a quem nos quer bem e dois para quem não quer. Um brinde ao amor que cresce de dentro pra fora e não precisa ter nome, endereço e perfume alheio. Um brinde aos amigos e aventuras. Um brinde ao desejo de aproveitar tudo e não deixar nada passar. Um brinde ao desapego. Um brinde a quem sabe fazer valer a pena. Um brinde ao novo dia e à nova chance. Um brinde à auto-suficiência. Um brinde a quem está conosco e uma dúzia para quem não soube ficar. Um brinde a nós, que sabemos quem somos. E milhares para quem não soube, mas ainda saberá!

(M.C.)

[Dedicatória especial às minhas amigas/parceiras/irmãs Heloisa e Jéssica]

Só você não vê!


Se eu fosse você, me olharia com outros olhos. Não que eu não ache os seus lindos, mas é o jeito. Você parece me enxergar como quem não quer nada. E eu? Eu sempre quis tudo. Sempre quis que você enxergasse mais do que vê. Sempre quis que você me sacudisse e dissesse o porquê de não estarmos juntos, se nos gostamos, nos conhecemos e nos desejamos. Você sabe, só finge não ver. Finge não ver que nós somos melhores quando estamos juntos e todo mundo já percebeu. Não entendo a tua esquiva e esse medo de ser de alguém. Se é medo de errar e sofrer, eu também tenho. O que eu não admito é você ter medo de tentar.

(M.C.)

sábado, 25 de agosto de 2012

E por falar em saudade...


A minha saudade nunca aprendeu a pedir permissão. É por isso que ela ainda vem, senta do meu lado e fica a noite toda comigo, especialmente aquelas em que eu lembro de você com tanta força que acabo adormecendo. Porque você permitiu que isso acontecesse conosco, hein?! Éramos invencíveis juntos. Você dominava a minha insegurança e eu te dava a estabilidade de ser para mim o que você nunca pôde ser para as outras. Nenhuma quis e foi como eu fui para você, até nas falhas. Mesmo com tudo isso, a saudade ainda bate. Bate e eu me permito apanhar, por saber que ainda há muito de você em mim. Por saber que sou fraca pelo simples fato de admitir que sou tua, mesmo que você nunca tenha se empenhado em ser meu. 

(M.C.)

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Prove-me o contrário, se for capaz!


Eu não estou te cobrando muito, a não ser que você ache que ser homem é bagagem demais para um amador. A verdade é que tá faltando homem que honre as calças, como reza o velho ditado, mas falta muito mais quem honre o que diz e cumpre o que fala. Muito fácil ser estiloso, perfumado e bom com as palavras.  O que falta é um que seja bom com o que sente e hábil em ser mais maduro do que os inúmeros moleques que tem por aí. Tá faltando quem me faça desistir da ideia de que todos são iguais. É um clichê antigo, repetido e questionado. Tem quem critique, mas não tem quem me prove o contrário. Tá faltando homem que não tenha medo de sentir e se envergonhe de mentir. Tá faltando quem fique, não por ser conveniente ficar, mas por desejo e merecimento de permanecer. Tá faltando quem me tire o fôlego e me faça perder a razão, sem ter medo de me arrepender. Tá faltando até quem me inspire a sair da zona de conforto e ir de encontro ao desconhecido. Tá faltando quem saiba falar mais do que o texto masculino piegas e decorativo. Tá faltando quem saiba ser macho, bem mais do que ser menino. Tá faltando homem para despertar a minha vontade de pertencer a alguém. Falta o tipo que não se encontra em qualquer esquina. Tá faltando homem que saiba falar o que eu não estou acostumada a ouvir. Tá faltando até aqueles que me façam sentir algo mais do que tédio e sono. Tá faltando homem capaz de tirar uma mulher da mesmice. Esse recado é para você, colecionador. Não queira que muitas mulheres digam que vocês as teve. Queira que elas digam, de boca cheia, que estiveram satisfeitas enquanto estiveram com você. Na verdade, tá faltando homem que saiba fazer isso. Fazer, tem quem faça. O que falta, no mercado, é quem saiba fazer bem feito.

(M.C.)

OBS: Esse texto não tem ambiguidades, mas fica a critério de quem lê entender da forma como preferir...

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Longe dos disfarces


Você poderia me abraçar e dizer que tudo ficará bem. Mesmo que não fique, neste momento, eu preciso que você me convença do contrário. Talvez você não saiba do quanto eu me fechei para o Mundo e que eu conto nos dedos as pessoas que podem me ver sem máscaras, mas você pode. Você pode ver quem eu sou de verdade e saber das minhas fraquezas, assim como entender as minhas carências. Me isolei por medo de sofrer mais e acabei tendo que lidar com a ideia de não sentir. Quem, nesse Mundo, sente mais do que eu? A única diferença é que eu tenho medo de expôr. Criei uma fortaleza à minha volta e me perdoe por todas as omissões. Me perdoe por precisar tanto de você e não saber usar as palavras a meu favor. Eu poderia dizer tudo o que meu coração abriga, mas eu sou boa com as palavras até o momento em que sei que elas ficaram ocultas. Estou te pedindo mais do que um abraço. Quando me recolho em teus braços, eu te peço abrigo, pois só você sabe quão menina é essa mulher. Só você reconhece que ainda tenho um coração pulsante e cativo das desordens do Mundo. Não sei se desaprendi a amar ou se é apenas medo. Medo ou covardia, talvez. Termos são desnecessários, mas eu queria que você soubesse de tudo isso sem me perguntar uma só palavra. Eu queria que, no fim da noite, alguém me surpreendesse e me mostrasse que, mesmo diante do não dito e não feito, eu ainda sou especial. Eu queria  que esse alguém me envolvesse, só para eu acreditar, um pouquinho que seja, que eu não me tornei tão indiferente quanto penso. É casca. Eu preciso que você venha e acolha o conteúdo.

(M.C.)

O maior de todos os enganos


Acho que você esqueceu de voltar e eu acabei de acostumando com a tua ausência, que tem se mostrado mais fiel e duradoura do que o tempo em que você esteve comigo. É ruim olhar para trás e ver que eu fui tão tola contigo, sabe?! Abri o meu coração, te falei dos meus medos e desejos e você me ouviu, me olhou e deve ter pensado o quanto sou tola por ainda acreditar nas pessoas. Lembro de você me olhando com admiração, por quase não acreditar na minha idade e se surpreender com a minha bagagem. Lembro de cada simples gesto teu e não sei porquê ainda guardo tudo na lembrança, exatamente no lugar onde ficaram as palavras bonitas que você me disse. Palavras, nada mais. Eu enxerguei você, naquela noite, como um alguém capaz de me mostrar que o Mundo não é tão cruel e que Deus tinha me dado um presente. Ousei acreditar que o destino havia me feito uma surpresa e que cada coisa que eu sabia de você era bem mais do que os meus planos de ter um alguém especial ao meu lado. O meu erro foi esse: fantasiar demais. Eu tenho mesmo essa mania de me entregar nos braços de qualquer um que saiba me surpreender e você soube fazer isso com tamanha covardia e frieza que eu ainda não sei explicar, tampouco digerir. Eu confesso que você conseguiu derrubar toda a minha zona de estabilidade e, internamente, eu quis quebrar todas as minhas promessas e correr todos os riscos. Hoje, te vejo de longe e pergunto: Por que não comigo? São essas e tantas outras coisas que ficaram sem resposta. O que dói mais não é você ter ido, mas eu não me conhecer e não ter me policiado para ver a cilada escrita em letras garrafais na tua testa. Você não foi o meu sonho mais bonito, como eu achei que seria. Você foi apenas uma dessas provas que a vida nos dá de que não aprendemos o bastante para lidar com as pessoas e, mesmo sabendo de muito, alguém ainda vai nos mostrar que há muito o que ser vivido. Eu lamento por você, por mim e por nós. Eu lamento ainda ser a menina tola que te mostrou tudo que eu não posso ser para um homem: mulher. Nos dias de hoje, vale mais ser galinha. Desculpa, mas isso eu não posso ser. Seja feliz. Não feliz como eu poderia fazê-lo, mas com aquilo que você escolheu. Somos responsáveis pelo que plantamos e sentenciados para colher o que der como fruto. Eu poderia ter frutificado a tua vida, mas o ser humano sempre insiste em trilhar o caminho errado. Não desejo que você se esborrache, junto com ela. Não mais. Decidi limpar o meu coração neste exato momento, de tudo que foi bom e do que continua sendo ruim. Você continuaria me fazendo mal se eu emitisse isso para você. Você não tem culpa de ser contrário às suas palavras, da mesma forma que eu não posso me responsabilizar pelo que já está escrito por Deus. Agora dói, mas depois tudo se ajeita. Sempre foi assim, não é?! A minha recompensa virá com o tempo. O teu castigo fica a critério da vida. Lavei as minhas mãos!

(M.C.)

Vergonha alheia


Chega a ser cômica a forma como as pessoas se julgam superiores umas às outras, a ponto de julgar a casca, sem nem o mínimo esforço de conhecer o conteúdo. Também estranho o fato de quem não é perfeito cobrar perfeição no outro, se não é capaz de oferecer o mesmo. Acredito sempre que nós recebemos o reflexo do que emitimos. Já parou para pensar que a forma como te tratam pode ser uma resposta às tuas atitudes? Me entristeço pelo fato de muitas pessoas que se dizem inteligentes não dominarem o conhecimento de senso comum, que até pode não superar o científico, mas nos ajuda a ser mais humanos e compreensivos. Quem não sabe aplicar o fácil, apenas finge que conhece o difícil. Quem se julga muito maduro por ter alguns anos a mais ainda não se curvou à ideia de que maturidade não é o somatório das primaveras vividas, mas a contagem de quantos invernos você suportou. É uma pena que eu não saiba falar de outro jeito e que nem todo mundo entenda uma metáfora. Pior ainda é quando esse alguém entende, mas não internaliza. A carapuça, nesse caso, é tamanho GG. Dá para vestir em muita gente!

(M.C.)

domingo, 19 de agosto de 2012

A verdadeira face da solidão


Não se desespere procurando um alguém que não chega. Qual o problema em ser solteira? Dias frios esquentam e solidão passa, mas só quando a gente permite que passe. Inútil é viver vagando em busca de um alguém que pode não corresponder às suas expectativas ou simplesmente não existir. Relacionamento não é feito para quem procura, mas para quem acolhe. Saiba curtir todas as fases de sua vida, para não precisar sofrer por não ter feito isso e estragar uma relação futura. Está solteira? Resgate os hábitos, saia com os amigos, conheça novos lugares. Está namorando? Cuide, respeite e ame. É muito difícil manter qualquer vínculo quando não podemos nos oferecer por inteiro. Uma das provas mais eficazes que você cresceu é permitir-se ficar a sós consigo mesmo. Não é todo mundo que encara a solidão do jeito certo. Se você ainda acha que solidão é não ter ninguém, volte a ler o texto do início. Solidão é quando você reconhece que precisa de um tempo só seu, antes de ser de alguém, e não se desespera. Quem é dono de si, sabe o que pode esperar do Mundo. 

(M.C.)

Faça a sua escolha!


Existe uma grande diferença entre precisar e querer esquecer. No primeiro caso, você reconhece que sua relação é infrutífera, mas não faz nada para que ela deixe de te fazer mal. No segundo, você reconhece que não é fácil, mas não se dá por vencida. É o limiar entre querer amar e ser amada. São duas escolhas, mas uma continua sendo a melhor e mais inteligente. Você não escolhe por quem sofrer, mas tem o poder de levá-lo consigo só enquanto quiser...

(M.C.)

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Voltei...


Nem sei quantas vezes eu prometi não voltar e bati na tua porta, como se não soubesse que você abriria, correndo. Somos tão orgulhosos e tão bobos, concorda? Eu com essa mania de manter a pose e você fingindo ter um coração de pedra. Não tem. Você conhece as minhas fraquezas e sabe que a maior delas é sempre voltar para você, assim que eu olho para trás e te enxergo longe. Tenho medo de descobrir que posso viver sem você e me acostumar com a solidão que se instala, sem pedir licença. Antes que eu fosse tomada por outro cheiro a não ser teu perfume, voltei para nós. Guardei a fantasia de mulher maravilha e vim até você despida até das minhas maiores convicções de que, desta vez, poderia ser diferente. Eu quis mentir para mim mesma e para quem quisesse acreditar que dava para te esquecer, mas fracassei. Eu escorrego, mas é só para saber se você ainda vai estar por perto para me amparar e me dizer que tá tudo bem. Entra na minha casa e volta para a minha vida. Desta vez, não para um recomeço, mas para começar de novo. Eu amo você.

(M.C.)

Ame-se, cuide-se, respeite-se


Você faz de tudo para que seu relacionamento com o Mundo dê certo e esquece do mais importante de todos eles: sua relação com você mesmo. Será que você tem se cuidado tanto quanto tem feito com os outros? Será que o vínculo que você tem consigo mesmo te levaria a cometer tantas loucuras e renúncias como você tem feito pelo outro? Será que sobra amor para que você se ame? A gente quer ser tão generoso, que observa e cuida do mundo todo, menos de nós mesmos. As coisas começam a ficar mornas e cinzas e a gente não sabe o porquê. É que o amor só cria raízes externas se for cultivado de dentro para fora. Quem não cuida de si mesmo dificilmente cuidará do outro. Se não há zelo pelo que é seu, por que haveria pelo que não é? Entenda que fortalecer o seu interior é preparar o terreno para que tudo fique de pé quando o resto ameaçar desabar. Você pode superar um rompimento com qualquer pessoa, só não pode se acostumar com a anulação do amor que dá base para todos os outros: o amor próprio. Cuide-se, ame-se e respeite-se da forma como você gostaria que fizessem por você. Acredite: por mais que haja empenho, ninguém tem a obrigação de fazer isso melhor do que você! 

(M.C.)

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Ainda dá para acreditar no amor?


O amor continua intacto e belo, como sempre foi. O erro está na nossa mania de personificá-lo. As relações humanas, cada vez mais fragilizadas, determinam o nosso contato superficial com o outro. Não nos permitimos amar além do que os nossos olhos vêem. Mergulhar é difícil, ainda mais se é na vida e no interior do outro. Pecamos por não conhecê-los o bastante, mas nos apressamos em atribuir significados à essas pessoas. Logo, o carinha de bom papo e menina bonita passam a ser o amor da nossa vida, fazendo com que nós criemos uma história antes e depois deles. Não estamos prontos para firmar os nossos vínculos e é normal que eles se rompam quando a rotina cobra algo a mais. É por sede demasiada que a fonte seca. Não a do amor, mas a da atração. Repare em quem faz isso várias vezes ao ano. Como amar por estações? Certamente, não é amor. Ter um alguém do lado, nem que seja para alterar o status na rede social, reflete uma insegurança nossa de ficarmos a sós com a solidão. A presença do outro não pode, em hipótese alguma, ser mais prazerosa do que a nossa. Eu acho que ainda dá para acreditar no amor, o que não altera o fato de que muita gente não sabe amar.

(M.C.)

Para que eu cresça, os outros tem que diminuir...



O que mais me assusta, no ser humano, é essa necessidade de aceitação. Nos vestimos para sermos admirados, lutamos para sermos reconhecidos e conquistamos algum bem para sermos invejados. Reparou que a nossa vida está sempre voltada para o outro? O que o outro vai achar do que eu sou. O que o outro vai pensar do que eu penso. O que o outro sabe a meu respeito. E onde se perderam os valores individuais? Será que a auto-aceitação não basta? Que sede é essa do outro, se você não aprendeu a saciar a sua? O outro diminui à medida que nós crescemos. Não pense que será egoísmo se você pensar um pouquinho em si. Quando esse entendimento tomar conta da pseudo-necessidade de confirmação, você vai crescer. E crescer é saber viver para si. O que o outro pensa a seu respeito vai continuar sendo APENAS o que ele pensa. O que não pode ser inferior é o que você pensa de si mesmo. 

(M.C.)

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Homens, bonecas e ursos de pelúcia


Antes que você me levasse à loucura, eu te levei até a porta e ordenei: saia da minha casa, abandone a minha vida e desinfete o meu coração. Quem não é capaz de me fazer crescer, não permanece comigo para me fazer regredir. Foi estranho no início, mas esquecer um homem é como se desfazer das bonecas e ursos de pelúcia. No início, você sente falta. Depois entende que cresceu e pode se divertir de outras formas. 

(M.C.)

domingo, 12 de agosto de 2012

Nada mais que uma ilusão


‎"Depois de você, os outros são os outros e só" não existe, meu bem. Era tão perfeito que acabou, né?! Os amores da sua vida tem durado pouco e os príncipes encantados revivem o conto de fadas ao contrário. Teu coração não é lagoa para abrigar tanto sapo e você aí, vivendo em função do que foi. Se foi, não é mais. E você vive colocando pitada de passado em receita que é do presente. Desanda e você sabe. O cara que você conheceu agora pode ser tão cafajeste quanto os outros, isso é uma pena. O que eu quero que você entenda é que foi você quem mudou e cresceu. Crescer também é desapegar. Não digo dos outros, mas dessa necessidade de ter alguém. Ser vale mais, meu bem. Ser livre, leve e solta. Repare nos seus sorrisos com ele e pense nos que você tem agora, com suas amigas. Bem mais largos e sinceros, né?! Estar com pessoas certas nos faz lembrar quão incômodo é viver entre o adequar-se para permanecer ao lado de alguém. É por isso que ele não se encaixa mais. O amor da sua vida não é o dono do seu coração cego e das tuas decepções recentes. O amor da sua vida é o reflexo do espelho e quem você encontra em casa, quando um desses caras parte o teu coração em mil, mais uma vez.

(M.C.)

sábado, 11 de agosto de 2012


Você me fez descobrir tantas coisas, meu amor. Entre elas, que já não cabe mais te chamar assim. O faço por hábito ou para alimentar um fantasma que ainda existe entre nós. Eu só tomei a consciência de que fantasmas não existem, assim como os motivos para eu corra atrás de você. Corri tanto que cansei, sabe?! E você nem para me oferecer abrigo e repouso. Nunca fui mulher de muito fôlego e você deveria saber que se distanciando tanto de mim, iríamos nos perder. Eu só não esperava que você não se importasse nem um pouco em saber como eu estava. Lembra da nossa promessa de sermos amigos, caso não desse certo? Cadê? Será que tudo que você disse pôde ser mais falso e menos duradouro que os nossos planos de fazer um ao outro feliz para sempre? Não sei se foi o tempo ou o acaso. Desisti de encontrar culpados para o nosso fim e vítimas e vilões para a nossa história. Nos perdemos e isso é fato. Eu só achei que, caso isso acontecesse, o meu telefone iria tocar. Seria você dizendo que tudo não passou de um engano e me pedindo para eu tentar te fazer melhor mais uma vez, como se você não soubesse que eu iria dizer que sim. Se você o fizesse agora, nem sei se eu atenderia. Andei me ocupando com coisas mais concretas do que um "nós" que não passou do somatório forçado de dois "eu's" que nunca se entenderam, tampouco se completaram. Você me ensinou muito e isso é verdade. De tudo, que eu ainda posso caminhar para a frente sem precisar do teu apoio. Perdi o medo do futuro, mas tive que te deixar no passado. A descoberta é que eu pude sair inteira. E inteira continuei a viver.


(M.C.)

Você já parou para pensar nisso?



Talvez seja uma questão de permissão. Você não se permite sarar. Você não deixa o tempo agir. Você não aprendeu a esquecer. E por que ainda espera tanto do tempo, se não trabalha a favor dele? A maioria dos problemas vem de um bloqueio nosso. Nós não aprendemos a trocar o velho pelo novo por uma mera questão de comodismo. Território passado é conhecido, mas é infrutífero. O que você pretende alcançar se ainda tem os olhos voltados para que o que ficou no caminho? O que não te acompanha, no momento, teve um motivo para ter ficado no caminho. Ou você estava cansado de carregar cargas desnecessárias ou simplesmente não era pra ter sido. Deus age, mas precisa de uma colaboração nossa. Não adianta rogar por bênçãos se você não está apto a recebê-las. Você pode ter perdido muita coisa, mas há de ganhar muitas outras. Basta entender que chorar o leite derramado nunca fez com que ele voltasse para a garrafa e não é agora que vai fazer. Não lute contra a maré, se não quiser correr o risco de se afogar. O presente está de convidando para preparar o futuro, mas você precisa largar o passado e desocupar as mãos e o coração para receber o novo. Você já se permitiu hoje?

 (M.C.)

Esperar não significa parar no tempo!


Aprendi a esperar o tempo certo. Quando não, tento aguardá-lo sem tanto sofrimento. Esperar não é fácil e eu sempre tive urgência em tudo. O agora sempre foi o momento certo de tomar as decisões, mesmo que eu me arrependesse um minuto depois. Engoli a pressa e aprendi a saborear os frutos doces do tempo. É o amadurecer quem traz a doçura das coisas e acontece o mesmo com ideias, atitudes e sentimentos. Não te digo para cruzar os braços. Nem mesmo Deus fará nada por você se você não for um agente ativo da sua vida. Eu só te digo para colher os frutos no tempo certo. Caso contrário, você já sabe. Vai continuar dando errado. 

(M.C.)

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Sou mais eu!


Cheguei ao auge dos meus 18 anos e não conheci ninguém interessante. Os últimos dois anos serviram para que eu entrasse em acordo para quem atribuir a culpa: os homens ou eu. Nunca encontrei as repostas. Inicialmente, achei que fosse culpa deles. Eles eram imaturos demais, novinhos demais, escorregadios demais e eu não estava apta a alimentar mais uma ilusão na minha vida. De tanto se repetir, já estava virando mesmice e eu odeio isso. Odeio também o fato de todas os carinhas que me interessaram por mais de 15 minutos cultivarem o péssimo hábito de estragar tudo aos 20. O tempo foi passando e eu cheguei a pensar que o problema era eu. Desconfiança tinha se tornado o meu sobrenome e ironia o primeiro. Nenhum homem conseguia (ou aguentava) passar muito tempo ao meu lado. Minha acidez afastava tanto quanto a minha intensidade. Poucos sabiam rir das minhas piadas sarcásticas e entender as minhas ironias. Deles ou minha, a culpa não encontrava um lugar certo para ficar e acabou traçando o meu destino. Eles foram se afastando e eu consegui a façanha de me afastar mais ainda. Fiquei incrédula, fria e indiferente demais para ser alcançada por alguma mentirinha. Vez ou outra, elas até serviam para me arrancar boas risadas ou como assunto entre minhas amigas, que partilham do mesmo destino que eu. Teria sido a minha sina viver na solteirice ou falta de habilidade deles em me manter interessada? A esta altura do campeonato, desvendar o mistério já não importava tanto quanto antes. Aprendi a ficar só, mesmo rodeada de tanta gente que não entende a minha opção de ficar sozinha. Homem tem, é verdade. O que falta é o interesse de acreditar em qualquer palavra bonita só para expôr fotos no facebook ou andar de mãos dadas. Para merecer estar ao meu lado, tem que fazer mais que isso. Tem que ser muito HOMEM, só para variar um pouco a minha coleção de moleques. E isso, reconheçam, não é todo homem que faz.

(Marílya Caroline)

O que aprendi com o tempo...


Se eu te falar do tempo, não pense na pele enrugada, em fotografias antigas e roupas amareladas. Lembre do tempo como o mais sábio dos teus professores. Foi ele quem te fez entender o significado do clichê "tudo passa". Você não acreditava, não é?! Eu também não. Mas foi exatamente ele quem me mostrou que tudo era verdade. A lágrima seca, os gritos silenciam e a ferida cicatriza, mas você precisa aprender a respeitá-lo e fazer com que cada movimento do relógio seja favorável a você. Não se volte contra o tempo, para não ter que aprender com o ruim da vida. Não trilhe o caminho da regressão se você sabe que existe progresso. Não se agarre aos maneirismos infantis se o teu corpo e o momento exigem que você cresça. E crescer é abrir mão do passado, sem deixar de aprender com ele. Liberte-se da poeira que te impede de vislumbrar novos horizontes. Crie raízes onde você sabe que irá frutificar e retire-se do solo infértil que não produz nada. É a metáfora da vida e a realidade da existência. Não se pode permanecer em algum lugar que não nos oferece bons frutos e não nos traz boas lembranças. Esvazie a tua mente para acomodar novas coisas e deixe de remoer o que não repercute mais no seu presente. É você o agente ativo da sua vida. O que você ganhou até agora esperando que os outros façam por você? Bem mais fácil enumerar o que perdeu. Eu te falo do tempo que embranquece os cabelos e amadurece as ideias. Eu te falo do tempo que te mostra que menos é mais e que amar o Mundo todo é não saber amar ninguém. Eu falo do que move os ponteiros do relógio e dá movimento à vida. Eu te falo de recomeços e novos jeitos de começar. Eu te falo do ontem, que molda o hoje e prepara amanhã. Quanto tempo você tem perdido? Quanto tempo você tem perdido? Feliz é aquele que, bem mais do que administrar o tempo, entende que pode aprender com ele. O que o tempo ensina nenhum aprendiz esquece.

(M.C.)

segunda-feira, 6 de agosto de 2012


Você deveria cuidar e se querer mais ao invés de se preocupar tanto com o que têm vindo de fora. Quem sabe das suas razões melhor do que você? Quem é tão responsável pela sua felicidade a não ser você mesmo? Entendendo essas e outras coisas, o Mundo lá fora vai parecer pequeno diante do que você pode criar por dentro. A gente se preocupa mais do que se ama, quando deveria fazer o contrário. 

(M.C.)

domingo, 5 de agosto de 2012

Tô distribuindo convites para quem quiser conhecer a realidade. Tô fazendo uma proposta para que você derrube as máscaras e tire a fantasia. Quem é você sem elas? De onde você veio e onde pretende chegar com o peso delas? Tô convidando você para tomar uma dose de vida e saber como as coisas funcionam. Estou propondo um mergulho na clareza da verdade e o desapego à tudo que foge dela. Estou pagando para ver o que tua consciência vai dizer no travesseiro

Verdadeiro eu


Vai continuar sendo o maior amor do Mundo, mesmo que habite só o meu peito. E eu vou continuar sendo intensa, sentimental e extremamente ciumenta para dentro, mesmo que tenha que assumir as consequências do peso da fantasia de dama de ferro. Os meus sabem que eu não sou assim: estou assim. O Mundo me ensinou a silenciar diante das incertezas. Meu peito ainda abriga muito sentimento, mas eu aprendi que cultivar o orgulho é bem melhor do que expôr o sentimento. Odeio a ideia de parecer vulnerável e sempre me senti mais confortável falando menos e sentindo mais. Quem precisa gritar aos quatro ventos que ama só para ser amado? Aprendi que não preciso de alto-falantes. Tudo que habita em mim é intenso e silencioso. Só decifra quem sabe. Odeio exageros e aprendi a ter medo de quem me oferece o excesso. Tenho pavor de gente grudenta, por saber o valor que tem o meu Mundo e o meu espaço. Tenho medo de perder quem está do meu lado e não sou indiferente a tudo, mas sou mais racional com algumas coisas. Quem não me presenteou com um coração de aço, compensou com uma cabeça pensante. E é ela quem me diz até onde ir e o orgulho pondera o resto. Não estranhe se eu não disser que te amo, de 5 em 5 minutos. Meu amor não vai ser menos amor por falta de exposição, mas com certeza será por excesso. Me conhecendo, você vai saber que minhas declarações são silenciosas e que vez ou outra eu me desfaço da fantasia e mostro que não é de orgulho, frieza e distanciamento que eu sou feita, mas de cautela. Já que o Mundo não me oferece garantias, resolvi defender as minhas.

(M.C.)

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Ficou marcado


Lembrei de que não deveria ter dito. Você sabe... Sabe sim. Andei vasculhando meu celular e, por incrível que pareça, posso ouvir tua voz a me dizer todas as palavras eternizadas nas mensagens. Eu não apaguei nenhuma e, embora sejam velhas, ainda me arrancam um sorriso. Eu gosto de ler como se elas tivessem acabado de chegar e quase posso ouvir o barulhinho que anunciava que você lembrou de mim. Bons tempos, não era?! Acredito que, em algum momento, também tenha sido para você. Eu lembro que, de todas as mentiras, eu sabia que alguma coisa era verdade. Eu sempre soube que não podia confiar nos homens, mas eu queria acreditar mais um pouco em você. Lembrei dos nossos planos. Você falava em futuro e eu viajava a pensar nos nomes dos nossos filhos, nas nossas viagens e até no meu vestido de noiva. Você me levou longe demais, mesmo me mostrando que eu nunca deveria ter tirado os pés do chão. Esse foi o meu maior erro. Sei de você pelos meus amigos e ouvi dizer que você está bem. Nem parece que me perdeu. Acho que o papel de dramática sempre foi meu e você sempre se preocupou em curtir a vida. Curtição, essa, que não me incluía. Passei dias e dias imaginando qual foi o meu pecado e porquê você não soube me valorizar. Escutei conselhos das amigas, mudei o visual e fiz milhões de promessas de nunca mais me apegar a ninguém. Daqui para frente, tudo seria diferente. Diferente como se eu não consegui esquecer você? É engraçado a facilidade que tu tens de sair da minha vida e permanecer em meus pensamentos. É intrigante o teu poder de estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe. E eu quase posso ouvir você me derreter com a tua voz que marcou mais do que as músicas de Nando Reis em minha vida, mas, como diz uma delas, "você pediu e eu já vou daqui...".

(M.C.)

Dê um basta!


Não adiantou gastar uma fortuna no salão, passar horas na manicure, trocar o perfume, escolher a melhor roupa e sofrer com a depilação se o homem que você ama não te vê. É duro, mas você vai continuar sendo invisível até o momento que decidir não fazer de tudo para chamar a atenção dele. Ele não te viu quando pôde estar ao seu lado, por que iria ver agora? Desista de tudo aquilo que faz com que você se exponha para um alguém que não se preocupa em te ver. Pare de jogar indiretas, postar frases de amor ou sofrer em silêncio por uma pessoa que te mostra que não faria isso por você. Se ele não te ama, aprenda a fazer isso. Ame-se em dobro, até embriagar-se de você. No mais, ficar com um outro alguém na frente dele ou procurar, na multidão, um substituto qualquer pro teu coração não vai suprir nada. Muito pior, você estará convencida de que não é isso que te satisfaz. O vazio dói, mas não tanto quanto a sensação de que aquela pessoa não te preenche da forma que você merece. Não se dê em vão, muito menos a quem não estendeu a mão e disponibilizou o coração. Perceba que bater na porta de quem não está disposto a abrir é procurar o cansaço. Inicialmente, físico. Depois é o coração quem cansa e diz que não dá mais. Não dá mais para viver em função do que morreu. Você decide o que eternizar: você, que permanece viva, ou a lembrança de quem nunca existiu.

(M.C.)