sexta-feira, 30 de novembro de 2012


Acho que me perdi em uma dessas melodias melosas que vivo escutando e deixei que os outros achassem que eu sou um pouco de cada uma delas. E eles não estão errados. A grande verdade sobre mim é que eu não sou essa fortaleza que muitos acreditam que eu sou. E tenho medos, decepções e amarguras que borram a maquiagem e estraçalham o peito. O grande problema de ser quase-psicóloga é que os outros acabam achando que você pode carregar o mundo nas costas, sem se curvar. Uso a analogia do médico, que também adoece. A realidade é que tem dias que a gente quer um abraço, um afago ou apenas um ombro pra chorar. Às vezes, a gente esquece que tem um ouvido a mais e só uma boca, mas sofrer é da natureza humana e a gente precisa falar. Mas falta gente pra ouvir. Falta quem saiba se colocar no lugar do outro e perceber a dor que grita, em meio ao silêncio do peito que chora  e da alma que clama por mais sensibilidade, num mundo regido pelo mecanicismo dos que esqueceram de enxergar um pouco de humanidade, que deveria existir em cada um de nós...

[Marílya Caroline]

Espaço Externo



MANUAL AOS HOMENS


"Homens precisam passar segurança. Mas não precisa ser forte ou algo assim. Pode ser baixinho, gordinho e com pouco talento em artes marciais. Mas precisa passar segurança ao entrelaçar os dedos na gente como se ali gritasse que tudo vai dar certo. Homens precisam ter um colo paterno, mas saber que não são nossos pais. Homem é um misto de irmão mais velho ciumento, irmão mais novo implicante e primo safado da cidade grande. Homens têm que chegar no horário e esperar sem reclamar. Esqueça aquela ideia de que mulheres se vestem para outras mulheres olharem. Na verdade, eu demoro horas me arrumando exclusivamente para você. A ideia é que você não olhe para outras mulheres. Homem tem andar do lado de fora da calçada e nos levar em casa sempre. Seja de carro, moto, ônibus, taxi ou a pé. Mas é importante nos levar no portão, assim, por tradição clichê, sabe? As mulheres evoluíram, eu sei. Mas o cavalheirismo não saiu da moda não. E pelo que ando lendo por aí, nunca sairá. E não confunda cavalheirismo com homossexualidade. Há vários gays mal educados, também. Educação nada tem a ver com orientação sexual. Então, se você abrir a porta do carro, pedir para carregar os pesos e ceder o assento para qualquer mulher ou idoso não te faz um gay assumido, entende? Homem tem que ter pegada. Mas não achar que pegada significa arrancar tufos do meu cabelo. Tem que saber apertar meu rabo de cavalo sem tirar nenhum fio dali. Vai por mim, homens que machucam demais na hora da transa não são excelentes bons de cama. Homem tem que ser atencioso, seja para perceber que cortamos dois dedos do cabelo ou para distinguir nossos gemidos de “tente mais um pouco” e de “não para, pelo amor de Deus”. Não me dê flores, chocolates, ursinhos de pelúcias ou etc. Me dê cartões. Escreva coisas estúpidas e bobas que me farão rir como uma criança. Depois disso, compre flores, chocolates e ursinhos. Você pode me dar um helicóptero todo rosa pink, com minhas iniciais na porta, mas se não tiver um cartãozinho surpresa com teus garranchos, não será a mesma coisa, entende? Homens não precisam ser um Fred Astaire, mas é importante nos tirar para dançar. Não pela dança, em si, mas pelo ato de nos carregar pela mão pelo salão. Nos exibir por aí como sua maior conquista. Homens que nos amam são ótimos. Mas, melhores ainda são os que têm orgulho de nos amar. Eu não gosto de futebol, mas se você quiser me levar para assistir ao jogo com seus amigos, eu vou gostar, entende? É como te levar para almoçar na casa dos meus avós. Pouco me importa a comida ou algo assim, o que eu quero é te aproximar da minha família e te mostrar aos meus parentes. Os homens quem leem são mais interessantes. E ser interessante vale mais do que olhos azuis e peitoral malhado. Não seja um chato replicador de frases do Caio Fernando Abreu ou coisa assim. Mas saiba declamar Fernando Pessoa ao pé do meu ouvido como se você mesmo tivesse escrito aqueles versos pensando em mim. É como não saber cantar, mas esforçar-se para cantar aquele refrão bonito dos Los Hermanos e dizer que lembra de mim toda vez que ouve, sabe? Surpresa sempre são bem-vindas. Seja por um cartão bonitinho ou por aquela trufa de marula que você sabe que sou apaixonada. Entenda que presentes não são o preço que custaram. Como próprio nome já diz, presentes são para fazer presença. Então, cada vez mais que eu fizer presença em tua vida, saberei que faço parte dos teus dias, também. Em dias nublados, homens têm que sair com casacos mesmo que não esteja sentindo frio. Hormonalmente, mulheres sentem mais frios do que os homens, então o seu casaco extra será importante nesses momentos. Mas não se esqueça de nos abraçar, também. Melhor do que casaco de lã é par de braços perfumados. Homens precisam ser simpáticos. Mas nada de muito sorrisinho para qualquer vadiazinha em rede social. Nem solícito demais a ex-namoradas. Ter ciúmes é legal. Mas nada em exagero. Implique com meus decotes ou com meus vestidos curtos. Mas como quem cuida, não como quem ordena. Sorria dos meus ciúmes, mas sem deboche. E me faça sorrir, também. Homens precisam saber nos fazer sorrir – mesmo que não sejam exímios contadores de piada. Mas é de extrema importância nos fazer sorrir. Seja por cócegas, por caretas, por se sujar ao lavar a louça ou por comprar o box de The Big Theory. Mas me faça sorrir. Entendam que a porta do coração das mulheres está nas gargalhadas que ela dá ao seu lado."


(Hugo Rodrigues)

[Ah, se todos homens pensassem assim... E, só pra constar, deu uma preguicinha grande de editar a pontuação do texto. Quem já leu o blog, sabe do meu perfeccionismo com isso. Tento fazer o possível para evitar os erros, mas a correria me impediu de fazer o mesmo com esse. O que importa é a ideia, né?! Vamos repassar!]


quarta-feira, 28 de novembro de 2012


Eu passaria uma vida ao seu lado, mas não esta. Não esta em que meus sonhos são mais fiéis do que teus olhos. Não esta em que tudo o que me dá garantia não parte da tua boca...

(Marílya Caroline)

Jogo virado


Eu sei que você deve ter se perguntando por que cargas d´água eu não te liguei. Teu celular não tocou e não tocará. Em outra época, eu teria abarrotado a tua caixa de entrada com mensagens bobas de cobranças, que só te arrancavam alguns risinhos convencidos e nenhuma preocupação com o meu coração, que já estava a saltar pela boca. Não mais. E tenho certeza que você sabe porquê ou, se não, deveria imaginar. A sutil diferença entre a menina que você conheceu e a mulher que você lembrou que existe é a linha tênue que separa esses dois termos. Troquei você por umas boas doses de ironia e elas tem me causado um efeito que você nunca chegou nem perto de provocar em mim. Você pode não ter conhecimento disso e isso é bom. Só prova que eu não preciso atirar verdades na tua cara para que elas existam pra mim. Eu mudei e ponto. Você não precisa saber! Aliás, de que é mesmo que você precisa? Talvez de mais uma dose de realidade e alguns anos a mais. Não nas costas, mas na mente. E eu sei que um dia isso vai se ajustar na tua cabeça, mas não agora. Não agora que você ainda tem o número de mulheres que você engana como um troféu que deve enfeitar a estante da tua [vaga] vida. Você é feliz? Acho que essa é a única coisa que eu ainda queria te perguntar. Não que a resposta fizesse alguma diferença, mas só pra te convidar a refletir sobre o que você tem feito com os outros e que tipo de prazer isso traz pra você. Não é revolta, vingança ou nada do tipo. Meu peito não carrega todos esses sentimentos ruins que você um dia conseguiu despertar em mim. Esquecer você foi a melhor coisa que eu já fiz e eu pensando, inocentemente, que tinha sido te acontecer. Teu celular não tocou porquê o meu jogo é o mesmo que o teu. Você é objeto, penduricalho e enfeite que saiu de moda. Você é um somatório de todas essas coisas empoeiradas que a gente insiste em estocar no porão, só por comodismo. Apego inútil, mas não faz diferença. E não faz porquê você não soube fazer. Quem muito escapa, tem medo de ser pego. E é esse medo que te faz pular de galho em galho. Não é que você seja o último homem da face da terra e todas caiam por você. É seu o medo. É toda sua a covardia! Na tua armadilha, não caio mais. Todas as armas apontadas  se voltaram contra você e é você mesmo quem vai puxar o gatilho. Algo me diz que isso não vai custar...

(Marílya Caroline)

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Psiu...


Seja superior! E eu não estou falando de dar o troco, pois não se trata disso. Estou falando de não se importar mesmo e não deixar-se diminuir por coisas banais. A verdade da vida é que a gente só sofre enquanto quer. Acordou e decidiu não se permitir? A tristeza não vai chegar! O problema é que a gente tem a mania de cutucar quem nos feriu, na tentativa frustrada de acertar uma conta que  o outro sempre deixou pendurada. Quem perdeu foi você, todo esse tempo, e tá na hora de abrir mão desse custo. Seja superior e viva a sua vida, mas faça isso por você e para você e não apenas em função de uma vingança tola. Mais tolo do que isso é quem te magoou. Ele perdeu suas boas intenções e você não vai deixar que ele leve embora o que de bonito existe em você. Não ligue, não procure saber e não dê importância. Superioridade requer um pouco de cegueira e de sangue frio mesmo, mas é essencial. Vive mais e de pele lisinha quem não se deixa abater por quem não faria o mesmo por nós. Quem não nos faz o bem, não merece nos influenciar pro mal. [Ah! E você nem é tudo isso, viu?!]

(Marílya Caroline)

É que no circo afetivo sempre cabe mais um palhaço, mas faz tempo que meu coração deixou de ser teu picadeiro...

(Marílya Caroline)

Porta aberta e janela escancarada


Eu sempre deixei a porta aberta, pois preferi achar que você estava comigo porquê queria e não em função de uma fechadura, sem chave por perto. Escancarei todas as brechas e saídas para que você se sentisse livre para partir, quando quisesse, ou pra sentir como está o clima lá fora. Você nunca me ouviu pedindo pra ficar mais um pouco ou implorando que você o fizesse indiretamente, por meio de um planejado medo do escuro, que você também sabe que eu não tenho. Eu jamais faria isso por uma série de motivos, mas o mais forte deles sempre foi orgulho... Aquele que sempre me impediu de dizer o quanto eu me sentia melhor quando estávamos juntos, com a certeza de que eu não poderia condicionar meu conforto à sua presença e calando todas as vozes que nunca puderam ecoar, entre nosso silêncio. Éramos felizes de portas abertas e janelas escancaradas, para que todo mundo visse e você soubesse que poderia ir embora, mas eu preferia que você ficasse. Repeti incansáveis vezes, em cada pequeno gesto meu. Nunca fui boa com declarações ou coisas do tipo, mas, a esta altura do campeonato, você já deveria ser expert em decifrar o meu silêncio. É ele quem te fala agora, entre gritos mudos e soluços engolidos a seco. Nunca te acorrentei aos meus anseios, tampouco te engaiolei e exigi algo em troca. Não sou disso. Aliás, você me ensinou a não fazer mais isso e eu pareço ter aprendido. Aprendi tanto que só notei que você havia ido embora quando não encontrei alguém pra me dizer boa noite e que eu estava linda. Decorei teus clichês a ponto de não precisar mais ouvi-los. Nosso relacionamento entrou naquele automatismo que eu tanto temia e foi aí que, após muito tempo, vim sentir sua falta. Acostumada com teu entra-e-sai, deixei de perceber quando você ia embora, mas tomei mais cuidado com a porta. Por precaução, tenho deixado fechada. Você sabe onde me procurar e pra quem voltar, mas eu tenho pensado se ainda vale a pena te receber ou deixar a porta aberta.

(Marílya Caroline)

domingo, 18 de novembro de 2012

Teu mistério


Eu queria saber o que você tem, mas não quero me deparar com a triste constatação de que você não tem nada e que é meu esse defeito de sair "catando" tudo. Me perdoe a expressão, mas eu não encontrei uma melhor. É por catar tanto que eu me deparo com homens como você, que me fazem acreditar que tudo o que os outros ensinaram foi em vão e que eu estou eternamente destinada a cair na mesma conversa fiada, que não engana nem mais as meninas da 5ª série, mas continua fazendo com que eu insista em você. Melhore, meu amigo! Ou você colabora ou eu vou ter que incluir você na lista dos que me fizeram desacreditar que vocês, homens, tem algo bom a nos acrescentar. Tá faltando você honrar as calças fora do seu grupo de amigos ou diante de outras mulheres. Mostra que tu és homem pra mim, só para eu me libertar, por um momento, desse cárcere afetivo em que você me pôs, sem nenhuma intenção aparente. Se quer me pegar, já pegou. Pegou de jeito e no ponto fraco. Esse não é o troféu que você queria? Eu espero para ganhar o meu quando descobrir o que é que você tem, pra me fazer perder tanto tempo em função de um talvez ou de uma ligação que não vem. Você nunca vem quando eu espero, mas sempre ressurge quando eu acho que não mais preciso. É você que insiste em fantasiar a minha realidade e ameaçar a minha segurança, tão batalhada e merecida. E, após tantos tropeços e atropelos, ainda não sei o que te faz ficar, nem muito menos o que ainda faz com que eu te aceite, sempre que você vem pedir abrigo na casa que não é tua, mas você sempre encontra de portas abertas: o meu coração.

(Marílya Caroline)

Emboscada


Bateu saudade. E agora? Não sei o que fazer com os números que se cruzam e com as palavras que insistem em vir à tona, como uma música que gruda e não quer mais sair da mente. Você fez mais ou menos assim. Concordo que você tinha todo o direito de ir embora, quando quisesse, mas precisava me deixar com tanta saudade assim? Eu sei que meu orgulho bobo me impede de discar teu número e descarregar essa e outras coisas não ditas, mas você também sabe disso, portanto deveria colaborar. Só não aprovo essa tua mania de querer aparecer quando quer ou quando eu insisto em achar que estou refeita. Discordo desse teu jeito de se achar dono do Mundo e o queridinho das mulheres, pois você não é. Eu não quero ser teu consolo, quando uma delas não te quiser, ou teu programa daquele domingo chato, onde só sobre o futebol que não é do time que você torce. Eu quero mais! Eu sei que sou muito mais do que uma falta, que você insistiu em deixar no lugar dos nossos momentos, tão sagrados e lindos. É por essas e outras que a minha saudade não me deixa ir até você, pois eu aprendi que sozinha dói menos. Com você, eu tinha alguns sorrisos. Mas sem você, a coisa aperta. E o coração tá calejado demais para eu ter que espremê-lo de novo. Não foi a primeira vez e nem vai ser a última. Quando eu sentir que estou me apegando, você vai embora ou eu mesmo me encarrego que vá. Sentimentos são armadilhas e eu não quero mais sujeitar meu coração à emboscadas. Você, não mais.

(Marílya Caroline)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Um tempo pra nós dois


Lembra das nossas promessas? Emoldurei todas elas e coloquei num canto visível do meu quarto, perto das nossas fotos. Olhar para todas elas e lembrar de um tempo bom é saber que você faz falta, mas tudo foi bem vivido. E eu respirei você até o último momento, mas alguma coisa tinha que morrer. Eu preferi que fosse nosso amor. Antes ele do que eu, não é?! Você há de convir que todos os esforços foram feitos. Você também vai embora sabendo que eu fiz de tudo pra não ter que arrumar as suas malas, mas não deu. Por vezes, o tempo decide por nós e eu insisto em achar que foi isso que aconteceu. Fomos felizes, vivemos uma época dourada e acabou, mas estamos bem. Eu quero acreditar que estamos, mesmo diante desse nó na garganta e esse medo de recomeçar sem o apoio do outro. É ruim não saber o que fazer e o medo de perder o rumo ainda ameaça nossos passos. Eu sei que vou seguir cambaleando, até me encontrar ou encontrar alguém que me faça lembrar que amar é bom e bonito. Com você eu tive a certeza disso. Que pena que não pudemos levar à diante. Eu te juro que te faria cafuné e deixaria você assistir futebol, enquanto eu passeava com minhas amigas ou simplesmente ficava te observando, pensando como é bom ter o seu bom dia e dormir com seu beijo de boa noite. Afinal de contas, fomos felizes. Desde o primeiro beijo ao último "eu te amo". E te amei. Te amei em cada deslize e no meio de todas as brigas banais. Te amei quando você me irritou e arranhou o meu cd predileto. Te amei quando você roubou todas as minhas certezas em nome de um amor, que hoje me faz escrever estas linhas. Te amei até você sair por aquela porta, dizendo que precisava pensar e ter certeza do que queria. Acredite, eu amei até as tuas dúvidas. Mas, hoje, decidi me amar primeiro. 

(Marílya Caroline)

É você!


Você não valia nada e eu sabia disso. Entrei no seu jogo ciente de todas as instruções e até das armadilhas perigosas. Eu conhecia os perigos como ninguém. A vida já me pôs diante de muitos deles e eu me achava "a" tal por ter superado todos eles. Doce engano, não é?! Seu jogo era diferente. Eu quis brincar de todos os jeitos com você, achando que você poderia ser mais um e eu, finalmente, teria me tornado invencível. Errei. Errei e nós sabemos disso, mas, pela primeira vez em toda a minha vida, fiquei feliz em ter me enganado. Você tem aquele jeitinho manso de me deixar sem ação, toda vez que sorri. Você parece ser capaz de esgotar todo o meu repertório de respostas prontas ao me dizer que sou tua e de ninguém mais. E sou. É você, eu sei. Mesmo que eu tenha remado contra a maré e a correnteza tenha me puxado pro lado contrário à minha vontade, ainda é você. E vai ser você apesar de todos os meus medos, anseios e até mesmo da tal insegurança que me impede de encarar isso de frente, contrariando a personagem segura e inatingível que você conheceu naquela noite, por obra do acaso. Quando você me olhou, eu tive certeza disso. Logo eu, que odeio clichês, declarações melosas e qualquer tipo de manifestação que ouse me tirar da zona de conforto, te digo: em meio à tanta gente sem graça, que nunca se esforçou de me fazer querer alguma coisa, te encontrei. E não me arrependo de ter me perdido, quando isso aconteceu. Quando você me diz que sou sua, eu tenho certeza que você não precisa da confirmação. Silenciosamente, afirmo. E reafirmo, sempre que acordo e te ouço dizer que os dias até podem ser iguais, mas nós dois vamos fazer diferente. Eu te amo.

(Marílya Caroline)

domingo, 4 de novembro de 2012


"O que você quer ser, quando crescer?" Humana! Tem tanta gente, por aí, só fingindo...

(Marílya Caroline)

Fale menos e internalize mais!


Usar o facebook para desabafar não dá certo. As pessoas costumam usar as nossas palavras e interpretar a nossa dor da forma como desejam e sempre acrescentam um pouco do que pensam. As nossas dores, insatisfações ou qualquer negatividade similar se transformam e ganham peso. A gente sabe que tem gente pra isso e muito mais, portanto, aprenda a guardar um pouco de tudo. Nem todo mundo merece cem por cento do que você vive, mesmo aqueles que convivem contigo e querem seu bem. Aprenda a reservar uma parte da sua vida só para você. Aquela mais especial, sabe?! Não chame de egoísmo o que eu entendo como cautela. Guardar segredos consigo mesmo é blindar-se de estresses e aborrecimentos futuros. Quem precisa de tantos holofotes? Ninguém! Não seja tão carente a ponto de querer que todos vejam a sua dor. Não insista em ser vitrine de felicidade ou estará esquecendo que as pessoas sempre estão munidas de pedras. Um hora, vão querer quebrar a sua!

(Marílya Caroline)

Culto ao presente


O que aconteceu ontem, seja bom ou ruim, não pode interferir no hoje. A graça de ter dias e noites é justamente a renovação. A gente peca por querer que as coisas durem mais do que o tempo necessário. Foi bom? Guarde boas lembranças. Foi ruim? Esqueça. Mas não viva em função de um passado, seja ele qual for. Não se limite a viver para passar a limpo se você pode escrever de novo, de novo e de novo. O que foi conjugado no passado não deve compor as frases do seu presente. Que tudo o que "foi" possa ser substituído pelo que "é" ou pelo que "pode vir a ser".

(Marílya Caroline)

sábado, 3 de novembro de 2012

Tudo o que nunca disseram sobre o amor


Não é que falte amor. Falta quem saiba amar ou sobra quem tem preguiça de sofrer, como eu. Talvez o amor seja tão clichê e instantâneo porque ele já vem pronto. Uns até vem congelados, prontos pra "consumo". Que graça tem em repetir a façanha de príncipes e princesas, frutos de um utópico Reino Encantado? Talvez, se nos ensinassem a história inversa, houvesse mais empenho em melhorar o que já existe. Crescemos ouvindo falar de um "felizes para sempre" que não ultrapassa as páginas dos livros infantis. O amor deveria ser ensinado como ele é, para que as pessoas tivessem vontade de aperfeiçoá-lo. O amor é isso: realidade. Lágrimas, desentendimentos bobos, desencontros e imperfeições não cabem nas nossas idealizações, mas são cobrados em nossa vida. Desacreditamos de muitas coisas por elas não serem tal como nos foram contadas. A menina quer ser a Cinderela, mas não quer calçar os sapatos da realidade. É por isso que o amor fracassa. Não sentimos prazer em reinventar as historinhas fantasiosas e pouco verdadeiras que nos contam. O dia-a-dia é bem mais preto e branco do que os contos da Disney e eles são os primeiros referenciais da criança. O problema é quando a criança cresce e não abandona as fantasias. É por esperar por príncipes e princesas que nós acabamos sentenciados a viver o lado negro da história. O amor vai se perdendo ou ficando pra outra página do livro, que sempre começa, mas quase nunca termina. Não estamos aptos a encarar as cobranças da vida, tampouco aceitar que o que nos contavam para dormir, posteriormente, necessitaria de um convite para acordar. Acordar do sono profundo em que nos induziram a achar que o bem sempre vence, os casais sempre se encontram e  a bruxa é sempre a pessoa má. O que nunca disseram sobre o amor é que muito mais do que crer, falta gente pra amar.

(Marílya Caroline) 

Verdades


Cansei dos clichês, súplicas e reclamações. Cansei de ouvir mentiras ensaiadas e verdades que rasgam o peito. Cansei de ver gente fingindo e cultivando ervas-daninhas. Cansei de muita gente, inclusive de você, que eu já não sei quem é. Você que tem um nome, mas não tem uma identidade. Você que já deveria ser adulto e ainda age como criança. Você que sabe o preço das coisas, mas não sabe o valor de ninguém. Você, a quem eu confiei tanto amor. Você, causador de tanta dor. Você, que eu nunca soube quem é. Você, menino, que não sabe valorizar uma mulher.

(Marílya Caroline)