sábado, 27 de abril de 2013

E daí?


Aquele dia nasceu mais bonito, só porque a gente ia se ver. E foi! As coisas são mais lindas  e puras quando estamos juntos e, do nosso modo, lutamos pra construir um "nós". Eu venho cheia de marcas e você vem carregado de histórias. Todo mundo diz que nós somos diferentes demais para dar certo e que, qualquer tentativa de unir as diferenças, é perda de tempo. Mal sabem eles que até o tempo que perdemos juntos é somado à certeza de que não trocaríamos por qualquer outra coisa. Os ponteiros não trabalham a nosso favor e nem sempre o acaso colabora, mas quem quer, de verdade, aprende a ver oportunidade no obstáculo. Nós somos os opostos que se encontram para dizer que pode dar certo, mesmo que tenha começado errado. Andei acreditando que a gente pode mudar o mundo, se começarmos por nós mesmos e, mesmo que nada funcione, ainda poderemos deitar, num fim de tarde, e rir de tudo que vivemos juntos. É com você que eu quero lembrar dos meus momentos passados e construir o futuro. É de mãos dadas contigo que eu me vejo ultrapassando os limites do meu medo e do teu orgulho. O Mundo pode até fechar os olhos para nós, mas os nossos estão abertos para ele e eu vejo, com nitidez, um sinal de esperança numa amanhã que anuncia muitas coisas boas para nós dois. Mesmo que não hajam garantias, não tenho medo. Eu arrisco o que for, se você disser que vem comigo. Mesmo que não seja eterno, que possa sempre valer a pena. Troco o meu "para sempre", pela calmaria de "viver um dia de cada vez", desde que seja contigo. Desde que tua confusão me dê abrigo...

(M.C.)

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Me ame ou...


Me deixe ir embora! Não me peça para olhar para trás e ter que ver se repetir a cena de você me dando adeus e, com os olhos, me pedindo para ficar. Eu sei que a história vai se repetir e você também. Nós somos cientes de que fomos além do fim e viver agarrando os últimos fios do comodismo não vai nos fazer voltar no tempo. Me ame ou me deixe! Não seja egoísta a ponto de achar que a minha vida sem você não faz sentido e não me obrigue a acreditar que não faz. Me deixe viver a minha vida. Não deixe pistas para que eu siga e, mais uma vez, me dê conta de que não chegarei à lugar nenhum. Entenda que não é amor o que nos une. O que você sente é medo de constatar que posso viver sem você e eu posso. Me ame ou me deixe ir embora! Não me culpe pelos golpes que a vida te deu e não me faça vítima dos que você acha que precisa revidar. Não seja egoísta. Se não me quer para o bem, não ouse achar que você pode me fazer mal. Eu não vou mais olhar para trás. Se você me deixar ir embora, vai ser para esquecer o caminho de volta e, de uma vez por todas, ser indiferente aos teus apelos. Vai ser para você constatar que a vida segue, com ou sem você para partilhar.

(Marílya Caroline)

Neymar


Recentemente, me deparei com mais uma das polêmicas da internet e tive a decepção de ler as declarações preconceituosas e inadmissíveis de uma determinada figura das quatro linhas, que atende pelo nome de Neymar. Não sei se minha indignação é tamanha por se tratar do meu estado ou por ter que ler esse tipo de declaração de uma pessoa que não mede as palavras e desconhece o que está falando. Neymar, ser chamado de "paraíba", para nós, é elogio. Talvez soe como ofensa para você e para um bocado de ignorantes porque vocês desconhecem a nossa cultura, os nossos valores e o nosso estado. Nossa indignação é proporcional à tristeza de saber que, com tanto dinheiro que você tem, o investimento parece ser voltado para futilidades e não para a educação. Se você conhecesse o significado dessa palavra, certamente, não teria proferido tais coisas. Essa é a realidade. A minha Paraíba possui uma cultura que você desconhece e as belezas que aqui encontro jamais serão refletidas no teu espelho. És feio por fora e ignorante por dentro. É impossível te chamar de ídolo porque eu não sei, ao certo, se pior fazes no campo ou em público, quando abres a boca. Certamente, Hulk, um "paraiba" que não se envergonha de suas raízes, pode te esclarecer isso melhor. Não esqueça de perguntar se ele tem o mesmo pensamento que você. Por hora, repouso a minha indignação na certeza de que tua fortuna compra carros, mantém o teu cabelo ridículo e atrai mulheres, mas não compra conhecimento e isso, por si só, é uma resposta ao que proferes, sem pensar ou conhecer. É uma pena, mas eu gostaria muito que você pudesse ler. Eu sou paraibana e, para mim, sinônimo de vergonha é você!

(Marílya Caroline)

domingo, 21 de abril de 2013

Prece por nós dois


Rogo a Deus todos os dias para que você fique bem e que, se eu puder contribuir para isso, que o faça da melhor maneira possível. Mesmo querendo não planejar, sonho contigo todos os dias e faço planos de futuro para nós dois. Você tem um medo enorme de se envolver e eu tenho pavor de me dar conta de que já estou envolvida. Você um dia vai olhar pra mim e se arrepender se não colaborar também para que tudo isso dê certo. Eu tenho mágoas, marcas e medos que não combinam em nada com tudo aquilo que eu desejo pra nós dois, mas há um bom tempo já deixou de ser uma questão de escolha. Tenho medo de que você possa ser a minha maior queda e possa vir a desencadear em mim uma tsunami de sentimentos que eu preferi guardar no fundo da gaveta, mas sei que ainda os tenho. Você é a minha promessa do futuro que tem um medo danado de reencontrar o passado. Eu olho para você e me vejo refletida em cada gesto, em cada toque e em cada abraço seu que mais parece querer dizer "confia" e você sabe que eu respondo que sim. Meu corpo também. É para e por você que eu sorrio, diariamente. É teu nome que sempre aparece nas minhas preces, porque foi  a Deus que eu entreguei nós dois, quando me dei conta que sozinha eu não saberia como proceder. Não é compromisso que eu quero. O meu único pedido é apenas para que, se for para fazer dar certo, que você não esqueça, em nenhum momento, que eu depositei toda a minha confiança e um bocado de expectativas nisso. Você só precisa saber proceder. O resto é questão de tempo. Deixa que Deus sabe o que fazer.

(M.C.)

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Ciclo


Tentei te esquecer mil vezes, admito. Aliás, mil é um número modesto demais para eu confessar que tentei com todas as minhas forças te expulsar de dentro de mim. Você deve estar rindo e se dando conta de que foi em vão. É, essa é uma das poucas coisas em que eu vou te dar razão. Procurei em outras bocas o gosto que só você tem e sempre voltei pra casa ainda mais metade do que saí. Não que você me faça inteira, mas você sabe exatamente como me fazer chegar o mais próximo disso, talvez por me deixar ser o que sou, sem medo. Cansei do papo decorado dos caras bonitos e sarados que beijei. Bateu tédio quando, no auge da carência, me permiti ir além do beijo com algum deles. Nenhum era você. Inutilmente, tentei chamar de desapego o que já estava virando desespero. Na ânsia de mostrar pra mim mesma que eu não sou tão tua, quis me perder por aí e acabei me encontrando em você, mais uma vez... E não adianta! Todas as vezes que meu celular vibra, eu torço para que seja uma mensagem tua. Todos os meus contatos do bate-papo parecem desinteressantes e invisíveis quando você está e, sabendo que terá toda minha atenção, vem me dar boa noite ou me dizer alguma bobagem. Tuas besteiras tem o dom de me arrancar um sorriso e nenhum desses mil caras que conheci faz isso tão bem quanto você. Nenhum deles me fez querer ir além do fim da música, pois só você tem o dom de me fazer continuar dançando, mesmo quando ela termina. Não sei o que você fez comigo, mas fez bem feito. E foi procurando por isso ou algo parecido que eu menti pra mim mesma e fingi que poderia encontrar, mesmo sabendo que entre nós há um ciclo. Mesmo percorrendo quilômetros pra longe de ti, eu sempre volto pro mesmo lugar.

(Marílya Caroline)

Happy <3

Tudo se ajeita


Sempre quis que as coisas dessem certo pra nós. Engoli um bocado do orgulho e tive que me desfazer do medo de não dar certo para que você não ficasse com medo ou se sentisse sobrecarregado. Ainda não me acostumei a ter pessoas, mesmo sabendo que "ter" não é mesmo o verbo certo. Tenho mania de pessimismo, por mais otimista que as pessoas insistam em me ensinar a ser. Não dá. Não dá pra rascunhar o presente sem ter medo dos borrões do passado e você sabe que quem apanha não esquece, mas eu aprendi a "fazer" deixar de doer. Olhar pra você e ver uma pontinha de esperança é querer que as coisas deem ainda mais certo, agora ou num futuro próximo. Desacelerei meus passos, para poder acompanhar os teus. Me diz se isso não é prova de amor ou, ao menos, o início de alguma delas?! Tenho um jeito sem jeito, cê sabe. Tenho em mim todos os medos, anseios e inseguranças do Mundo, mas você pode me ajudar a não ter medo do amanhã, me ajudando a plantar o hoje e me mostrando, através de gestos, os que as palavras não me fizeram  confiar. Não tô te cobrando aliança, almoços em família e legenda melosa em nossas fotos. O que eu quero de você vai além do convencionalismo dos namorados. Quero estar junto, porque eu sei que quando estou contigo, o resto é resto. Tudo se ajeita. 

(Marílya Caroline)

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Tinha mesmo que ser você


Você é a coisa mais linda que me aconteceu nos últimos meses. Eu sei que não vivo te dizendo isso, mas grito nos gestos e olhares que direciono a você, na tentativa de te fazer entender, a todo momento, o quão feliz estou por você ter aparecido em minha vida. Não gosto de falar de marcas, mas aprendi a esquecer de todas quando te conheci. Entre tanta gente escorregadia e duvidosa, você me trouxe aquela certeza bonita de que poderia dar certo, sem cobranças. Somos a completude que entende  e respeita a falta do outro. Você tem sido o meu jeito humano de ver as coisas. Tenho aprendido a acordar com um sorriso no rosto e ir dormir com a tranquilidade de não ter que temer que ele se apague, pela manhã. Sua simplicidade me faz bem e me dá paz. Somos o jeito mais incerto de fazer a coisa certa. Nossos olhares se cruzam, se entendem e se abraçam como nenhuma outra coisa, no Mundo. E eu pareço ter a sensação de voar quando você me abraça, sem ter que dizer ou prometer nada. Gosto do jeito como nossa verdade nos defende da mentira do Mundo. Admiro essa coisa só nossa de ter um ao outro e dispensar as correntes do ciúme, da posse e de todas essas coisas desnecessárias que envenenam qualquer relação. Você tem sido o motivo do meu sorriso espalhado e do meu bom humor, durante todo o dia. É em você que penso quando alguma coisa dá certo e mais ainda quando dá errado, porque eu sei que, mesmo que a barra pese, tua mão vai me guiar, se a escuridão ousar me fazer parar. De fato, parece funcionar. Você me envolve em seus braços e as maldades do Mundo parecem não poder me atingir... E não podem. Entre tanta gente, tinha mesmo que ser você. 

(Marílya Caroline)

In Love <3

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Fim


Saudade não é mais motivo pra eu te chamar de meu amor e pedir para que você volte. É tarde, meu bem. Em outra época, você teria voltado sozinho, nem que fosse para me roubar o último beijo esquecido. Tenho certeza que você ainda conhece o caminho. Nós sabemos que nada está como antes. Eu me afoguei na rotina agitada do trabalho e você se empenhou em descobrir novos bares e desenterrar velhos amigos. Nos perdemos, é verdade. Vez ou outra, ainda me pego lembrando dos sorrisos sem motivo, causados por tuas surpresas bonitas. Lembro do quanto éramos imbatíveis em completar um ao outro, mesmo sabendo que isso não acontecia, de fato. Devo ter vacilado em alguma coisa, eu sei. Eu e você não poderíamos ter acabado assim, com tanto remorso, mas você deve saber que é apenas uma forma de dizer que poderia ter terminado com uma conversa, um acordo ou com um beijo. Eu queria que nem tivesse terminado, mas foi assim. Deixamos nos levar por coisas bobas e vagas. Deixamos, em algum momento, de dizer ao outro o quanto era importante aquela companhia. A ligação de boa noite virou rotina e o amor entrou na tal zona de conforto, em que nos acomodamos, certos de que não haveria fim. Vez ou outra, ainda leio suas mensagens e sorrio, na certeza de que nada foi em vão, mas o tempo passou. Quem errou esqueceu de vir pedir desculpas e a reconciliação perdeu a força. Nós perdemos o jeito. O amor ficou pra um "depois" que não veio e o ácido lento do tempo corroeu o que nós juramos nunca ter fim. Não é triste, meu bem. É só a constatação de que nós terminamos, mas a vida continua. A minha segue, apesar e mesmo sem você. Acabou.

(Marílya Caroline)

Menos despeito e mais respeito!


Que não deixemos de lembrar que nossas diferenças não devem esbarrar na subjetividade do outro. Temos espaço para todas as peculiaridades. Respeito, tolerância e educação são ingredientes que nunca causarão problemas, caso transbordem em nossas relações. Só não dá pra obter sucesso quando nos julgamos melhores que os outros simplesmente por sermos diferentes. É justamente a diferença que nos faz iguais. Você não é obrigado a aceitar, mas tem o dever de tratar com respeito. O seu espaço começa onde o do outro termina e assim por diante.

(Marílya Caroline)

Doação


Eu só tenho medo de não ter mais pra onde crescer e me deparar com a triste constatação de que essa mania feia de machucar os outros também me atingiu, mas não. O berço em que fui criada foi regado com muito amor e sobrou um bocado a mais para que eu possa distribuir, por onde eu for e com quem esbarrar. A maioria das devoluções ou mal feitos com minhas doações não são culpa minha. Não me responsabilizo pela imaturidade de quem não sabe o que fazer com nossas ofertas bondosas. O amor que me  foi dado continua a ser repassado. O que não souberam receber não há de ficar estragado. Não empobreço pelo que dou, mas tenho pena de quem não sabe receber. Tenho dó de quem não sabe o que fazer com amor e tantas outras coisas boas que tanta gente está disposta a dar. A todos estes, o tempo. Ao meu coração, conforto. 

(Marilya Caroline)

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Mapa


Preciso dizer que existe um longo caminho para que você chegue até mim. É que eu mandei o orgulho tomar conta da entrada, sabe?! Desde então, a passagem tem sido mais difícil. Não sei se te falaram, mas eu sou cheia de manias. A maioria dos caras desiste ao saber da segunda e isso é absolutamente normal. Eu canso fácil de pessoas normais. A resposta para tantos convites recusados e oportunidades perdidas não está numa briga com o espelho, em alguns quilos a mais na balança ou na frase clichê que "ninguém serve ou presta". Eu não sou frustrada. O que me faz ficar sozinha é querer minha companhia e não precisar de muitas outras. Você tem que merecer, entendeu?! E isso envolve uma série de pequenos atos. Me faça sorrir, seja de uma coisa boba, de uma piada sem graça e, principalmente, do nada. Não me conte seus problemas, mas me ajude a esquecer os meus. Garanto retribuir o favor. Não cobre além do que posso dar. É muito, eu sei, mas tem que ser dosado. Não suma, de uma hora pra outra, mas também não imponha sua presença. Não me deixe solta e também não me prenda. Não desista da minha causa, por medo ou covardia. Seja diferente mas, acima de tudo, seja você e também permita que eu seja eu mesma. E me ame, me queira e me adote com todos esses quês e porquês...

(Marílya Caroline)

Silêncio


Você pode me julgar por uma palavra dita e eu te entenderei pelo teu silêncio. Trabalho, em você, o dito e decifro o que ficou engasgado. Meu dever é ver o que há nas entrelinhas e ouvir os gritos silenciosos que não ecoaram. Teus olhos dizem mais do que tua boca. O jeito com que me encaras conhece mais vocábulos do que tua língua. E és ferino e dócil, ao mesmo tempo. És o que dizes, o que fazes e mais ainda o que silencias, por medo ou covardia de ser, para mim, o que você ainda não admitiu ser: você. Você esquece, mas eu te conheço.

(Marílya Caroline)

Coisas que eu odeio em você


Odeio não saber o que fazer quando você me pede pra insistir em nós dois, mesmo sem garantias. Odeio também o jeito como você me faz perder o prumo, contrariando todas as juras que eu fiz pra mim mesma. Me entreguei... Não só de corpo, mas de alma também. Quer saber?! Odeio até isso em você quando, na verdade, eu queria admitir que o que eu realmente não suporto é isso de me jogar de um precipício sem saber, ao certo, se você faria isso por mim ou comigo. Não saber se ao menos você correria esses riscos comigo ou se o jogo em que eu entrei de cabeça já estava traçado pra você ganhar. Não sei me equilibrar na corda bamba do teu talvez. Não sei me jogar pela metade, se vejo que já mergulhei de cabeça em você e nesse teu jeitinho manso de me tomar inteira... Pela mão, pelo cabelo, pelo pescoço e pelo corpo todo. Eu odeio odiar muita coisa em você. Odeio o jeito com que você me tira um sorriso bobo, quando eu preciso ficar séria. Odeio quando você me oferece um beijo e eu te dou muito mais que isso, em troca dos teus quases. Eu odeio estar tão presa a um alguém que aprendeu a viver solto. E odeio não imaginar a minha vida sem um sinal de fogo que você emita para que eu possa entender que o dia começou e terminará bem. Não é dependência. Se você fosse sinônimo disso, eu mesma teria me encarregado da tua partida. É um simples prazer que a tua permanência causa nos meus dias, sempre tão monótonos. Talvez seja a simples constatação de que eu posso ser eu além das minhas armaduras, correntes e grades. Você pode até não ter me libertado delas, mas desafiado, mesmo diante de todas essas incertezas, a querer me distanciar delas. E eu também odeio isso em você.

(Marílya Caroline)