quarta-feira, 30 de abril de 2014

Por dias melhores


Nos cobram leveza, mas não passam a limpo a lição de casa. Viver deveria ser mais fácil ou nós deveríamos ser mais fortes? Não se sabe ao certo. O que se tem certeza, desde sempre, é que caminhamos para o fracasso, todas as vezes em que esperamos que os outros ajam como nós ou que deixem seus sonhos para colaborar com os nossos. Cobramos a educação que nos foi dada, mas esquecemos que os outros não foram criados no mesmo berço que nós, no sentido metafórico da coisa. E é aí que a vida congestiona. Esquecemos ou não aprendemos a dar passos largos, por estarmos sempre esperando que o outro nos dê a mão... Tá faltando leveza, repito, mas o mundo vem mendigando mesmo é coragem. Coragem de ser e agir, mesmo que os outros não colaborem... Mesmo que ninguém acredite que uma pequena contribuição, ainda que acanhada, pode mudar o mundo ou suavizar um pouco a rigidez dos nossos dias. Fazer a diferença é tarefa coletiva, mas o esforço precisa ser individual.

(Marílya Caroline)

Nunca deixe para depois


Tudo começa a fazer sentido justamente quando nada faz sentido. Você percebe que pode ser mais e que a vida, todos os dias, te oferece inúmeras possibilidades. Ter o bastante já não é tudo, mesmo que os outros não entendam ou acompanhem a nossa pressa. Você acorda e não apenas levanta. E é aí que aquele tempo perdido passa a ser voltado só ao que acrescenta e mais nada. Percebe-se que o cansaço da rotina é muito mais o hábito de carregar pesos desnecessários do que falta de motivação. Perdi tempo e vida adiando decisões e sufocando palavras. Foi aí que derrubei os muros e construí pontes. Ninguém iria me salvar, nem me assegurar que haveria alguma garantia para passar a limpo a vida que eu escrevia como rascunho. Algumas chances perdidas te ensinam que não existem segundas. É preciso perder muito para dar valor ao que se ganha. A vida não permite ensaios. Ninguém vai poder escolher por você, nem te fazer entender que melhor que sofrer com a dor é ouvir o que ela tem a dizer: nunca deixe para depois!

(Marílya Caroline)