terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O incurável


Eu fiquei esperando o tempo passar pra curar as minhas feridas, mas perdi todo esse tempo. O tempo não cura nada, mas nos livra do incurável e nos faz pensar menos na ferida que lateja. A gente mete menos o dedo e o nariz onde não deve, pra não ver jorrar sangue de onde não suporta. E o tempo continuou implacável, martelando pouco a pouco o que eu não tinha aprendido a esquecer, aceitar, vivenciar. Eu tive que aprender a ser meu agente cicatrizante, para não ter que esperar que o tempo viesse resolver o que não tinha solução. O tempo não cura nada, repito, mas nos liberta de ter que esperar a cura de onde não vem... Nos liberta da zona de conforto de achar que alguém deve curar o que não tem cura e esperar alguma coisa  de onde não tem. O tempo também nos ajuda a viver sem. E esse "sem" cabe no que você quiser... É o buraco em que tua dor couber.

(Marílya Caroline)

Sua consciência mandou um recado


Eu perdi o amor da minha vida. E sabe o porquê? Por que eu não soube me conter. A justificativa de ser homem não serviu pra ela. E como serviria? Ela é uma mulher inteligente, dessas que não se conforma com o que o machismo prega. Achei que ter o Mundo aos meus pés me faria esquecê-la, assim como eu achei que meu orgulho bobo pesasse mais do que a vontade de mostrar o quanto eu gostei e gosto dela. Fui tolo. E fui tolo com a única mulher com quem não poderia ter sido. Ela vai me esquecer, eu sei. Pisar na bola do jeito que eu fiz não requer choro, nem vela e eu não a reconheceria se ela se curvasse por isso. Perdi a mulher que me olhou como quem aceita meus defeitos e abraça os meus problemas. Deixei que fosse embora a pessoa que me deu respeito e me ofertou carinho, mesmo quando eu sabia que não merecia um terço do que recebia. Ela tinha lá seus defeitos, mas quem não tem? Todos eles eram encantadores, mas não maiores que suas qualidades. Mas ela errou também. Errou por ter acreditado que um cara como eu pudesse ter uma segunda chance. Vacilou por ter achado que poderia me fazer mais homem, enquanto eu me divertia sendo menino na vida  e homem na cama. Meu harém não tem nenhum exemplar dela e, mesmo tendo mil ao meu lado, eu sinto falta de só uma que, um dia eu tive nas mãos, mas não soube valorizar. Eu sinto falta dela, por que sei que ela não vai voltar.

(Marílya Caroline)

Recado da Blogueira

Amorecos, 2013 já começou com tudo. Estou "curtindo" minha última semana de férias, enquanto não volto à rotina da faculdade, e tenho uma novidade pra vocês: recebi um convite super legal esses dias, pra assinar a coluna de um site local. Bom, né?! É uma forma de divulgar o meu ponto de vista, fazendo o que eu adoro. Segue o link, no final do post, pra vocês acompanharem e curtirem comigo, tá?! Tem o estilo um pouco mais formal que o bloguito, mas espero que gostem. Além disso, meu irmão deu a ideia de criar uma fan page pra gente manter contato e compartilhar ideias, textos e vocês ficarem ligadinhos no que eu posto. Curtam, por favor! Prometo não abandonar nenhum dos projetos e conciliar tudo com a rotina puxada da facul. Beijo grande a todos e conto com vocês!




domingo, 27 de janeiro de 2013

Tragédia de Santa Maria - RS. Tragédia de todos os dias.


Por mais que informar seja a função da mídia, creio que o sensacionalismo e a busca por saber o que aconteceu através dos sobreviventes da tragédia de Santa Maria - RS, que já estão fragilizados demais pelo que vivenciaram, podem ser substituídos por medidas de prevenção. É doloroso? Sim, mas pode acontecer mais vezes. Sabe o porquê? Por que o Brasil é o Brasil! E a gente só entende a dimensão de um problema quando a dor vem nos mostrar. Não é o primeiro e, infelizmente, não será o último.Por que fechamos os olhos para outras tragédias, como a seca, e fingimos que também não são nossos irmãos? Por que não nos preocupamos em cobrar medidas preventivas, ao invés de meios de "mastigar" o problema até ele ser esquecido e virar estatística? Por que não damos mais valor à vida quando ela ainda pode nos mostrar que algo está errado? Hoje, perdemos 245. Todos os dias, perdemos milhares. E nada vai ser feito! Lágrimas e luto não resolvem a ferida de uma nação que compra o que a mídia vende e chora pelo que acha que deve, enquanto cruza os braços até que aconteça com alguém próximo. Até que aconteça com você!

(Marílya Caroline)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013


A Deus, entrego os nossos planos. A você, o meu adeus.

(Marílya Caroline)

#oditoeonãodito


- Afinal, o que você quer de mim?
- Mais do que eu quis com todos os outros.

(Marílya Caroline)




- Bateu saudade...
- De quê?
- De tudo. Do dito e não dito, principalmente.
- Tá me pedindo pra voltar?
- E se estiver?
- Tô te implorando pra reaprender como fazer isso...

(Marílya Caroline)

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Espaço Externo



Para escrever tem que ter disciplina. Escrever não é inspiração divina ou coisa parecida. A gente sofre da Síndrome da Página em Branco. Te julgam, criticam, azucrinam. Escritor é uma criatura estranha. A gente não enriquece, não é uma vida glamourosa, dá muito trabalho e dor de cabeça. A gente acaba virando um solitário, agarrado nas palavras para não sufocar. E dói. Dói porque é necessário colocar pra fora coisas que a gente queria esconder. Dói porque os outros acham que a gente é aquilo que escreve. Dói porque nem sempre entendem o teu texto, a essência da tua página cheia de letras. D.Ó.I

Para escrever tem que ler. Ler muito. Ler jornal, revista, livro. Ler aquilo que a gente não gosta. Tem que observar os outros. E os nossos silêncios. Para escrever tem que entender que um blog não é diário. Não é a tua vida entre as linhas. São vidas inventadas, é ego, id, superego. É a vizinha, a mãe, a filha, a irmã. É o desconhecido. É o espelho, é o fundo, é o avesso.

Para escrever tem que entender que ter um blog não é ser escritor. É saber que o caminho é difícil, cheio de lama, areia movediça e limo. E mesmo assim sentir que vale a pena. É abrir mão, é fazer sacrifício, é seguir a intuição, o instinto. É sangrar. E se recompor. É entender que ninguém te ajuda, ninguém dá a mão, ninguém dá auxílio.

Como eu comecei a escrever? Escrevendo. Lá pelos sete anos. Eram cartas, bilhetes. Coisas profundas. Cresci e fui me aprimorando. Melhorando. Evoluindo. Escrevia em blocos, cadernos e ficava tudo na gaveta. Em 2005, resolvi abrir as gavetas e criar um blog. Ele começou a ser lido, acessado. Eu comecei a gostar de ser lida. E comecei a escrever mais e mais. Não tenho parente famoso, não sou casada com celebridade, tampouco sou milionária. O blog foi uma ferramenta de divulgação.

Briguei com muita gente pelo que eu queria. Só não briguei comigo mesma. Pra escrever eu precisava da minha melhor amiga. E ela sou eu. Fui atrás dos meus objetivos, mesmo o mundo achando que não ia dar certo. Fiquei até contra meus pais, pois eles queriam que eu terminasse logo a Psicologia. Mas desisti. Fui para o Formação de Escritores e Agentes Literários, na Unisinos. Me formei. Antes disso, comecei a trabalhar com redação publicitária.

Como publiquei o primeiro livro? Coloquei meu original embaixo do braço e bati na porta das editoras. Assim mesmo. Sem indicação, sem amigo influente, sem nada. Procurei editoras no Google. Mandei emails, fui na cara dura mesmo. Enviei originais pelo correio. Recebi muitos nãos. Passei dois anos recebendo nãos. E eles me deixaram mais forte. 

Em 2010, lancei Um Pouco do Resto por uma editora que trabalha com impressão sob demanda. Em 2011, lancei O amor é poá. Publicação independente. Em 2012, lancei Para todos os amores errados pela Editora Gutenberg. Tenho mais projetos. Faço freelas. Me dedico 100% aos meus livros, textos, ao clarissacorrea.com, à minha coluna Confusões e Confissões, àColeção Clarissa Poá e a outros projetos que ainda não posso divulgar. 

Não é fácil. Mas foi isso que escolhi. Faço com amor. E sou da opinião clichê ao cubo que se a gente faz com amor vale a pena. E valeu, vale e valerá.

(Clarissa Corrêa)

Posso dizer? Sou fã! Além dos pensamentos e do "jeito" de escrever, ainda temos a Psicologia em comum. Espero, um dia, chegar onde você chegou! #diva #babomesmo #inspiração

Carta de recomendação


Você sabe que eu nunca soube lidar com quases. Se não sabe, a falha é minha. Falha ou qualquer coisa que você queira entender como um bloqueio, que me impede de me revelar por inteiro a qualquer forasteiro que ouse invadir a minha vida, como se não precisasse de carta recomendação pra isso. Você rasgou a sua ou tem medo de me mostrar. Talvez não queira ou não tenha uma, é simples. A verdade é que eu tenho muito medo de descobrir quem você é, mas não tanto quanto descobrir que eu estou apaixonada pelo que acho que você pode ser e isso é perigoso demais. É fatal pra alguém como eu, que não sabe se alimentar de incertezas e morre de medo de ter indigestão afetiva. E o meu medo de arriscar e atirar no escuro é quase tão grande como o de assumir pro espelho que eu posso ter falhado quando tive que me proteger. Você é uma dessas pessoas que aparecem sem referência nenhuma. Eu não sei do seu passado e o presente são algumas pistas que você deixa e que não levam a lugar nenhum. Ao contrário de você, já percorri todas as rotas da minha incerteza e todas elas me dizem que é perigoso arriscar, mas eu estou perdendo o medo. Se não o medo, a covardia. E isso tem me levado a pensar que pode ser você. Pode ser você pra tantas coisas, inclusive pra me machucar. Pode ser o meu primeiro namorado ou o primeiro cara que me fez assumir para as amigas que o desapego tem deixado de andar comigo. Não vou colocar uma cerca elétrica em minha volta. Descobri que o meu maior medo não era de que alguém invada, mas descobrir que ainda existe quem ultrapasse e de não saber lidar com isso. Adotar o não é ter medo do sim. E eu nunca disse isso pra homem nenhum... Não completamente. Talvez não seja medo de que você me faça sofrer, mas é que eu não estou acostumada a deixar alguém me fazer feliz e isso ameaça a tão falada zona de conforto em que eu acomodei meu coração. Tá sem cercas, sem grades ou qualquer coisa que ameace te machucar, mas só um pedido: se não for pra ficar, não precisa pular.

(Marílya Caroline)

Tudo ou nada


Conte-me os seus segredos, mas não me faça ser um deles. Não se envolva comigo se não tem intenção de lembrar do meu número amanhã, pra saber se estou bem e dizer que sentiu saudade do meu cheiro na tua roupa e do meu sorriso, na tua mente. Não seja nada do que você não quer ser nos dias que seguem os que passaremos juntos. Não prometa o que não pode cumprir e não me fale de amor, antes de saber o que é isso. Eu sou carente, menino. E esse jogo que você propõe é perigoso demais, incerto demais, tentador demais. Tudo que é demais me dá medo quase na mesma proporção que me dá prazer. Você sabe disso. Você sabe como mexer comigo e brinca de me fazer feliz, sem saber que eu vou te cobrar isso todos os outros dias, até porque, ultimamente, ninguém tem sido tão bom em me cativar. E você faz isso sem me prometer aliança ou pacto de fé. Você faz isso sem que eu saiba se vou poder contar com você quando a barra pesar ou, simplesmente, quando o dia amanhecer e tudo que é novo chegar. Será, menino, que você veio pra ficar? Será que você não é só uma dessas pessoas que a gente conhece e vai embora, sem dar tempo de dizer o quanto seria bom ficar? Ficar aqui, ficar comigo. Fazer de mim mais do que passagem e promessas... Ancorar na minha vida, na minha rotina. Seria bom se você pudesse pousar no meu coração e me dar aquela certeza boa que mantém os casais mais bonitos que eu conheço. Tantas coisas cintilariam nossos dias e tantos sonhos deixariam de existir durante a noite pra compôr os meus dias, mas você não precisa saber disso. Você não tem que saber dos meus planos, sonhos e devaneios, se não quer fazer parte deles. Você não precisa dizer que sim, se é mais confortável dizer que não ou saiba melhor dizer talvez. Você não precisa mergulhar no que há de mais profundo da minha alma, mas não pode demonstrar medo de tentar. Covardia me assombra. Insegurança me faz querer parar. 

(Marílya Caroline)

Você precisa entender que...


... Eu não abandonei o barco. É que o meu eu tava pedindo licença pra nós dois e eu decidi ceder. Há muito tempo eu não pensava em mim, sabia? Não me preocupava em cuidar do corpo, vigiar a mente e manter o coração firme. Você prometeu cuidar dele, mas falhou. E eu não estou cobrando nenhuma das promessas esquecidas e planos deixados pela metade. Não, não mais. Também não vou ligar, no auge da carência, para te pedir um abraço, quando você poderia dá-lo sem uma petição formal. O nosso amor nunca precisou dessas besteiras que nós colocamos entre nós dois. O beijo que não foi roubado, o bom dia esmagado pela rotina e as flores que não surpreenderam não parecem tão grandes agora, quando tudo passou. Todas as lacunas foram preenchidas com um outro tipo de amor que eu não lembrava mais existir. Nosso amor foi bom, bonito e bem vivido, mas ficou num passado que a gente tem que guardar na gaveta, pra não perder a cor e manter aquele cheirinho de saudade. De você, guardo os melhores momentos e as mais lindas histórias, mas você havia esquecido como me fazer sorrir e isso foi fatal, meu bem. Ninguém era melhor nisso que você. E sinto saudade, sim, por saber que foi bom, mas não viveria de novo. Não agora, me entende? Eu te sufocaria ou morreria se continuássemos fingindo que nada estava havendo e que não tínhamos nos perdido em algum lugar da estrada, mas insistíamos em caminhar juntos pra não perder o costume. É aquele nosso velho medo compartilhado de seguir sem alguém do lado, pra chamar de "meu". É o auge da insegurança e a necessidade de manter uma zona de conforto que, por ironia do destino, também tem um coração e atende pelo seu nome... E de ninguém mais. Preciso ficar um pouco sozinha, mesmo que você não acredite. Mesmo que você ainda me ache boba por lutar pelos sonhos que não constroem frases que se iniciem ou terminem com "nós". Meu amor por ti não deixa de ser amor por eu querer me amar também, até porque você sabe que meu coração é teu. Teu e de mais ninguém, mas eu preciso viver. Eu preciso respirar, meu bem...

(Marílya Caroline)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Você não sabe


Você não sabe quanta coisa eu deixei pra trás por você. Cara, você não sabe. Quantas fotografias ainda coloridas, quantos caminhos não trilhados e quantos sabores eu deixei de provar pra ser sua. Só sua! Você não tem ideia de quantos sonhos eu deixei de sonhar pra viver os teus. Você não deve saber quantos medos eu botei no bolso só pra que você visse, a todo momento, que eu era uma mulher forte, quando eu ainda era uma menina. Você não sabe o que os outros caras plantaram em mim e toda a decepção que ainda pesa sobre qualquer plano de futuro que eu queira fazer com alguém. Não, você não sabe. Você não sabe ou finge não saber de todos os temores que assolam a minha vida e pesam sobre essa tua mania de querer me levar pra todo canto. Do céu ao inferno, como você sempre faz. Você não sabe que a minha música predileta só lembra você e a palavra saudade soa como teu nome. Você não sabe que eu sinto você em todos os lugares. Todo mundo me lembra você. Todos os meus amigos decoraram o que eu digo sobre você. Você não sabe quantas vezes eu quis largar tudo e sumir contigo, pra qualquer lugar. Você não sabe que não te encarar é a forma que eu encontrei de me acovardar e evitar desmoronar na tua frente. Eu tenho um medo tremendo que você continue sem saber que é você o meu pedido silencioso que destino a Papai do Céu. São suas todas as velinhas do meu bolo dos últimos aniversários e aquele pedido guardado, que a gente sempre tem, caso uma lâmpada mágica apareça. Com ou sem ela, realize! E não finja mais ser indiferente a tudo que você sabe, mas ainda não vê. Não finja que não sabe que eu amo você!

(Marílya Caroline)

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Cuide bem da sua mulher...


...Ou alguém fará isso por você! Queria saber de onde vem esse achismo masculino de que mulheres apaixonadas ou envolvidas em um relacionamento não precisam ser conquistadas, todos os dias. Para isso, vale a analogia do jardim: se não regar, ele não floresce e murcha. Cuide bem de quem cuida de você! Dividir sua atenção entre a mulher que está ao seu lado e as que você acha que pode ter é dar espaço para que nenhuma fique com você, de verdade. E se você não sabe, meu amigo, mulher insatisfeita faz estrago. Sabe de quem é a culpa? Toda sua! Nós damos todas as pistas, fazemos todo tipo de encenação pra você perceber que algo está faltando e ainda tentamos te fazer ciúme com o amigo mais próximo, que não tem nenhuma chance conosco, mas serve pra abalar teu ego. Pode parecer criancice, mas quando estamos apaixonadas, costumamos voltar algumas casas mesmo. Fazemos isso por quem gostamos e é natural, mas não tome isso como infantilidade. Aprenda a valorizar o que tem em casa! Não é toda mulher que abraça a tua causa, meu amigo. Não é toda saia curta e bunda sarada que vai te acompanhar nos melhores e piores momentos, quando as luzes acenderem e as cortinas fecharem. Aprenda a elogiar o que sua mulher faz por e para você. Se você não fizer isso, alguém vai fazer. E não vai ser por não te amar que ela vai se sentir balançada com isso. Talvez você tenha esquecido de amá-la, como ela jurou fazer por você. Talvez você tenha esquecido que ter alguém do lado requer um certo esforço para que ela se mantenha. Amor não é dado em dose única. Você precisa reacendê-lo, todos os dias. Não esperamos que você seja "O cara" de Roberto Carlos. Não precisamos de utopias, mas flores são bem-vindas e surpresas são sempre bem recebidas. Uma ligação inesperada, um beijo na testa e um eu te amo que não soe como justificativa pra algum vacilo teu também caem bem. Quem te ama não precisa de você, mas seria muito bom que você a fizesse se sentir importante. Dê valor! A cada vez que você dá um furo, tem uma porção de outros caras querendo acertar. Mulheres existem aos montes, é verdade, mas qual delas faria o que ela tem feito por você? Quantas você pode apresentar à família e andar de mãos dadas, sem correr o risco de ter dividido com amigo mais próximo ou com o garçom do bar que você frequenta? Não queira ser mais um pra ela. Faça com que ela se orgulhe de ter escolhido você e mostre que ela é a sua escolha de todos os dias. Não a faça chorar! Não a perca! E não me obrigue a ser mais clichê do que já estou sendo. Tudo isso você já deveria saber. Dizem que tem mulher quem pode, né?! Eu acho que tem mulher quem merece!

(Marílya Caroline)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

#APedido


Eu poderia suportar todos os golpes da vida, como tenho feito, menos aqueles que vem de perto... Que sabem onde ferir, tem alvo definido pra acertar. Deus é maior. Hoje, nada é capaz de me derrubar.

(Marílya Caroline)

#APedido


Nós poderíamos esquecer tudo isso e fingir que nada aconteceu. Uma ida ao cinema, um passeio na praia e a nossa rotina estaria de volta, mas não. Isso não resolveria o problema. Lidar com gente bipolar é viver pisando em ovos, o tempo todo, e não saber a qual cara dar bom dia ou dizer obrigada, quando a boazinha resolve sobressair e te fazer um favor. Ter pessoas próximas assim é viver eternamente em conflito, sem saber se quem te espera pra o café da manhã é a vovozinha ou o lobo-mau. Mistura dos dois, talvez. Virar a página e esquecer os atos impensados e julgamentos incompletos é não te dar a chance de ser melhor do que tu achas que é pra si e pros outros. Seria egoísmo meu também, sabe?! E você deve saber que eu não sou assim. Forçar amizade com segundas intenções ou assumir o papel de juíza de um julgamento alheio que não lhe convém não cai bem pra ninguém, ainda mais pra você, mas eu também não vim te julgar por isso. Quem, nessa vida, não erra? Eu posso errar em escolher e acolher pessoas, mas não erro quando elas precisam de mim. Não nego água e apoio a ninguém e, que eu saiba, amigos também não fazem isso. É por essas e outras que eu deito a cabeça no travesseiro, toda noite, e  rogo a Deus para que me ilumine. Quando a gente tá de bem consigo, não precisa fazer mal aos outros. Inveja, egoísmo e outras coisas mais só corroem e enferrujam o coração de ferro de quem não tem Deus dentro de si e Ele me fez tão iluminada que eu até sou capaz de doar um pouquinho de luz a quem me cerca. E que seja! Que todo o mal que chegue até mim se transforme em amor. E esse amor chega até você, não importa qual cara você tenha decidido usar hoje. Não importa a fantasia que você queira vestir. Amor e luz são bem-vindos em qualquer lugar!

(Marílya Caroline)

Meninas, podem sugerir temas pra nova hashtag do bloguito, tá?! Beijo.

domingo, 13 de janeiro de 2013

O primeiro não que eu te direi


Você vai se arrepender de tudo que disse e vai me pedir desculpas, repetindo o mesmo ritual pós-briga, só que, dessa vez, eu não vou desculpar. Não vou aturar você dizer que não vai mais acontecer, que você me ama ou até mesmo te ouvir colocar a culpa na bebida, que só faz o favor de liberar os teus desejos ocultos. Não vou mais acalentar teu corpo arrependido e justificar os teus erros banais com alguma desculpa machista, que eu criei pra vendar meus olhos da tua verdade. Você não me ama, não lutou por nós e não passa de um cara qualquer, desses que devem se juntar aos montes, em algum bar da cidade, pra rir da minha cara. Junte-se a eles e comemore, meu bem. Essa noite, você não vai me dar boa noite e me beijar a testa. Respeito por mim você não tem, como esperar alguma coisa a mais? Me liberei de achar que você precisa de mim e vice-versa. Não acho mais o teu perfume o único aroma que meu olfato aceita e você é perfeitamente substituível, sim. Eu sei que você não iria aceitar ouvir isso e é por isso que grito, silenciosamente, enquanto você arruma as malas e diz que vai embora de uma vez por todas da minha vida e do meu coração, como se eu não soubesse de todas as vezes que você descumpriu essa promessa. Não durmo mais com tuas dúvidas, não bebo mais as tuas mentiras e não respiro mais teu quase amor. 

(Marílya Caroline)

sábado, 12 de janeiro de 2013

Chamada perdida


Tentei te ligar. O telefone tocava e eu me arrependi milhões de vezes a cada vez que ele chamava por você, numa tentativa desesperada de saber por onde você anda, o que tem feito e se está com alguém. Tenho pensado em nós dois. Muito, cê sabe. E tenho pensado também em cada coisa que fizemos juntos e, principalmente, nas que não fizemos. Você marcou muito pra mim. Liguei para que você soubesse disso, mesmo que eu ainda não acredite que isso está saindo da minha boca. Você sabe o tamanho do meu orgulho, mas eu quem não sabia o tamanho do meu amor. Engasguei. Tentei engolir à seco tudo que eu sentia por você, jurando ser mais fácil  maquiar as coisas e apagar os nossos momentos, sempre tão vivos em mim. Mais uma vez, estava errada. Encontrava você no supermercado, nas idas rotineiras ao médico e até nas visitas à família, onde alguém sempre se preocupava em perguntar por você. Ah! Se eles soubessem de você... Se eles soubessem que quando alguém me pergunta sobre alguém, é em você que penso, mesmo sem nexo e motivos pra lembrar tanto de você, que nem sei se um dia lembrou de mim. E a saudade bateu forte, mas eu não me incomodei em apanhar. Sentir falta é a única coisa que nos cabe, quando alguma coisa acaba. Eu liguei pra dizer que as coisas, por aqui, continuam iguais. Eu continuo querendo te agradar e vendo você em tudo que faço. Ainda ponho dois pratos na mesa e a minha cama ainda espera tua toalha molhada, num ritual que me massacra e não quer admitir a falta que você faz na minha rotina, cada vez mais monótona. Você é o dono dos meus pedidos, quando alguém me pede pra fazê-los. Você é aquela imperfeição que cabe perfeitamente no espaço que eu deixei pra alguém ocupar na minha vida e, ainda assim, você vive tão distante de qualquer coisa que soe como uma soma. Você vive distante de nós dois. Enquanto o telefone chamava, eu pensei mil vezes em desligar. Pensei que você não tivesse meu número ou que simplesmente não quisesse atender. Pensei em tantas coisas que até esqueci do meu orgulho bobo, que sempre me impediu de tentar... Que me impediu de te pedir pra ficar mais um pouco e entender que eu não preciso de você pra viver, mas seria muito bom se você ficasse, mesmo sabendo disso. Eu sei caminhar sozinha, mas prefiro quando a tua mão me orienta e teus passos seguem o mesmo caminho que o meu. Eu prefiro o teu ovo mexido, o teu cafuné e o cheiro que você deixava pela casa. Foi amor, eu sei. Desses que desorganizam tudo na vida da gente e dá um trabalhão pra botar tudo no lugar. Por essas e outras, não mudei nada. Nem na casa, nem em mim. A porta tá aberta e você não precisa de convite pra entrar. Mesmo assim, te liguei. É que a saudade tava querendo me matar... [O telefone chamou duas vezes. Antes da terceira, achei melhor desligar...]

(Marílya Caroline)

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Um alguém qualquer


Eu vou olhar pra você, quando a gente se esbarrar de novo, e me perguntar o que demais eu vi em você. Você é só mais um cara, MESMO! Desses que a gente encontra aos montes, em qualquer lugar chinfrim que tenha bebida e pessoas vazias, como você. Você é só mais um pra contar mentiras bonitas e histórias ensaiadas, como se eu já não soubesse de todas elas, antes de você abrir a boca. E é por um bilhão de coisas que eu não me apaixonaria por você. Não, eu não faria isso. Era preciso acreditar e confiar primeiro, sabe?! Você não fez por onde. E escapar pelas brechas é mais ou menos o que eu poderia esperar de você, rapaz. Por essas e outras, não vou me importar. Não vou adicionar você à lista dos que fizeram parte da minha vida por uma breve passagem, sem rastros. Eu só não esperava constatar que você é apenas isso. Apenas um homem que não sabe o que quer e vive por aí, colecionando bocas e testando até onde vai a tua mentira e até onde chega a tua lábia. Inútil. Você nunca convenceu a mim...

(Marílya Caroline)

Espaço Externo


"Mulher não desiste, se cansa. A gente tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A gente paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem ‘E se’ ! A gente completa o percurso e as vezes fica até andando em círculos, mas quando a gente muda de caminho, meu amigo, é fim de jogo pra você. Enquanto a gente enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradece a Deus! Porque no dia que a gente aceitar tranquilamente te dividir com o mundo, a gente não ficou mais compreensiva, a gente parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a gente cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E estamos numa relação, não numa sessão espírita. A gente entende e respeita seu jeito, desde que você supra pelo menos o mínimo das nossas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Vocês nem sempre sabem, mas além de peito e bunda, a gente tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. Somos damas, somos dramas, acostumem-se. Mulher não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver aguentar o tranco de conquistar corpo e alma, até o final."

(Tati Bernardi)

Entre parênteses


Você e eu somos parecidos demais. A única diferença é que eu não mergulho no raso e não encho barriga (e coração) com metades. Pouca coisa não me convém e superfícies não me interessam. Até entendo o fato de você não saber lidar com isso e inventar uma desculpa qualquer pro meu interesse de ir além. Aprendi que se você não puder (e quiser), eu posso ir sozinha. Eu posso ir além de nós dois por um eu que tem que ser maior que a soma dos nossos corpos. Pra te conhecer (e te aceitar), eu preciso fazer isso comigo, entendeu? Então se afaste! Prefiro achar que você atendeu um pedido meu a a constatar que você não seguiu meu fluxo de ser demais, querer demais e amar demais. Eu sou assim mesmo, à flor da pele. E você parece nem mais atingir a minha, com essa tua frieza e esse medo de não se envolver mais do que (acha que) pode (e deve). Onde nos perdemos, meu bem? Aliás, onde você se perdeu, a ponto de nunca mais se achar? Cheguei a pensar, no auge do desespero, que o problema fosse eu. Por mais que você não entenda (e aceite), não é. O problema é esse seu medo de ser de alguém pelo simples fato de você ainda não se permitir ser pra você o que eu esperava que pudesse ser, um dia, pra mim: homem. Você sabe que eu odeio moleques...

(Marílya Caroline)

domingo, 6 de janeiro de 2013

Esse cara é você!


Você não tem endereço ou telefone, pra eu mandar aquele sms alcoólico, que sempre me deixava arrependida, no dia posterior. Você não tem um nome, pra eu abreviar e poder transformá-lo num daqueles apelidinhos melosos, típicos de casais apaixonados. Você é do tipo de cara que não avisa se vem, mas chega pra devastar. Você é do tipo que fala de casamento e filhos, sem nem ao menos saber cuidar de si mesmo. Você não é, nem de longe, o cara que Roberto Carlos tanto fala. Desconfio até que nem sejam da mesma espécie, mas você é real. Você é o tipinho mais fácil de se encontrar nas baladas, de camisa "três quartos", perfume importado e calça apertada, com um whisky à tiracolo e um papinho ensaiado. Você é aquele que não me engana, não me convence e não me surpreende, mas atrai. Você tem um "quê" de liberdade que desafia até os mais adormecidos instintos que ferem a minha zona de conforto, mas atrai. E talvez seja por saber de tudo isso que você me olha, como se não tivesse vergonha de me despir da forma como faz. Você é previsível, desajeitado e metódico, mas ainda tem o dom de me fazer questionar, todas as vezes que te olho, porquê ainda insisto em você, contrariando todas as minhas preferências. Você só sabe falar de bebida, teu hobby é futebol e você tem uma coleção dessas meninas que enfeitam a tua estante. Teu papo é receita de bolo de vó... Todo mundo conhece e já decorou. Você tem uma velha mania de desviar dos meus olhos quando mente e de se declarar quando fez algo errado. Eu te conheço por todos os avessos que você puder abrigar em si, se é que isso é possível. Eu desvendo os mistérios que nem mesmo você sabe que existem. Você é homem, desses que não fariam o papel de mocinho na novela das 6. No máximo, aquele figurante sarado, sabe?! Mas sem você, não teria graça. Não teria adorno pra essas noites e lugares vazios, que você insiste em frequentar. Você é o tipo de cara que não entende minhas ironias e nunca segue as pistas que eu deixo. Você não é o genro perfeito, nem o namorado idealizado. Você é só mais um cara, desses que não fazem parte da melodia do Rei, mas protagonizam a minha vida e a de todas as mulheres que um dia se depararam com alguém assim. Esse cara é você! 

(Marílya Caroline)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

"Sorteira"


Cheguei ao auge dos meus 20 anos e não conheci ninguém interessante. Os últimos dois anos serviram para que eu entrasse em acordo para quem atribuir a culpa: os homens ou eu. Nunca encontrei as repostas. Inicialmente, achei que fosse culpa deles. Eles eram imaturos demais, novinhos demais, escorregadios demais e eu não estava apta a alimentar mais uma ilusão da minha vida. De tanto se repetir, já estava virando mesmice e eu odeio isso. Odeio também o fato de todas os carinhas que me interessaram por mais de 15 minutos cultivarem o péssimo hábito de estragar tudo aos 20. O tempo foi passando e eu passei a pensar que o problema era eu. Desconfiança tinha se tornado o meu sobrenome e ironia o primeiro. Nenhum homem conseguia (ou aguentava) passar muito tempo ao meu lado. Minha acidez afastava quase tanto quanto a minha intensidade. Poucos sabiam   rir das minhas piadas sarcásticas  e entender as minhas ironias. Deles ou minha, a culpa não encontrava um lugar certo para ficar e acabou traçando o meu destino. Eles foram se afastando e eu consegui a façanha de me afastar mais ainda. Fiquei incrédula, fria e indiferente demais para ser alcançada por alguma mentirinha. Vez ou outra, elas até serviam para me arrancar boas risadas ou como assunto entre minhas amigas, que partilham do mesmo destino que eu. Teria sido a minha sina viver na solteirice ou falta de habilidade deles em me manter interessada? A esta altura do campeonato, desvendar o mistério já não importava tanto quanto antes. Aprendi a ficar só, mesmo rodeada de tanta gente que não entende a minha opção de ficar sozinha. Homem tem, é verdade. O que falta é o interesse de acreditar em qualquer palavra bonita só para expôr fotos no facebook ou andar de mãos dadas. Para merecer estar ao meu lado, tem que fazer mais que isso. Tem que ser muito HOMEM, só para variar um pouco a minha coleção de moleques.

(Marílya Caroline)

Não lembro se já publiquei esse texto aqui, mas estava nos meus rascunhos e vale a intenção, né?!

A última coisa que você precisa saber


Culpa sua! Você poderia ter me impedido de entrar naquele carro e tudo isso poderia ser evitado, mas não. Tua pose de durão é/foi mais importante do que nós dois. Aliás, sempre foi assim. Você nunca deu o braço a torcer por mim, nem quando você sabia que eu estava certa. Admitir um erro é admitir fraqueza e não, você NÃO é fraco. Ao menos pensa que não, né?! E isso já te impede de ser um pouco mais homem e enxergar a mulher que você perdeu pra você mesmo. Dispenso todas as mágoas, verdades e faltas que poderiam ser atiradas na tua cara como um ácido corrosivo. Tudo isso que você está sentindo, silenciosamente, é bem mais devastador do que algo que eu possa te dizer, agora. E já não importa mais. Já não me interessa se você cresceu ou continua o mesmo cara metódico e fantasiador que eu conheci [e amei]. Já não me importo se você comeu bem ou se tem sido reconhecido no trabalho. Não sou eu quem vai comemorar teus êxitos nem te ajudar a ver lição no fracasso. Não mais. E é assim porque você não soube ser menos orgulhoso e me fazer mulher além da cama. Além das quatro linhas em que você sabia ser um macho-alfa, como eu gostaria que você fosse além dela. Não te perdôo por você ter confundido tudo isso com machismo e posse, pois não sou tua. Eu estava com você e o fiz enquanto você me permitiu. Quando você mostrou que não poderia ir além, eu abandonei o barco. Fraco? Covarde? Machista? Não, você é limitado. [Não me ligue mais!]

(Marílya Caroline)