segunda-feira, 31 de dezembro de 2012


2013, de você eu não espero muito, viu?! As expectativas são todas pra mim! Que eu saiba aproveitar mais, valorizar mais, viver mais. Que eu confie menos, que eu me decepcione menos e que deixe menos as coisas passarem sem tentar de novo. Que eu não me deixe levar por coisas e pessoas pequenas, que o tempo não trapaceie comigo e que eu corra atrás dos meus objetivos. Que eu valorize mais quem me valoriza, que eu não me deixe ser enganada, que eu não engane ninguém. Que eu abra os olhos pro que realmente vale a pena e feche pra o que não vale. Que eu ouça mais a Deus do que a minha vontade e que, se tudo correr direitinho, que os nossos desejos coincidam. Que eu possa me orgulhar no final das contas. Que eu obtenha mais êxito, que eu seja reconhecida e que também saiba reconhecer. Que eu possa ser melhor do que fui e que, se possível, também ajude alguém a ser. Afinal, o que tem que ser novo não é o ano... SOU EU!

(Marílya Caroline)

domingo, 30 de dezembro de 2012

Amor band-aid


Eu poderia falar de todos os amores do Mundo, mas poucos são mais bonitos que os fraternos. Há quem chame de parceria, fraternidade e até mesmo de amizade, mas eu não conheço forma mais perfeita do que o tal do amor band-aid. Amigos são aqueles que estão com você sempre, mas, sobretudo, são aqueles que também se sentem felizes quando você está. Se fazer presente na dor é muito fácil e cômodo. Você pode oferecer o ombro e tirar vantagem disso, em alguma outra oportunidade. Na felicidade, a coisa aperta. Não é todo mundo que suporta o seu sorriso e sorri também! Não é qualquer pessoa que te aconselha pro bem e te encaminha pra rota certa. Não é toda e qualquer um, que você conhece na fila do banco ou do supermercado, que vai te ouvir falar daquele amor platônico 500 vezes por dia e ainda assim te dar atenção, a cada vez que você precisar de um conselho. Engana-se quem pensa que amizade se mede pelos anos de convivência. Você pode ter amigos de décadas que não se comparam aos que estão contigo hoje. Amizade é companheirismo, é dividir roupa é partilhar de tudo! Amigo é aquele que cai melhor do que band-aid, quando a ferida sangra. Amigo é aquela pessoa pra quem você entrega metade da felicidade, porque ela não cabe mais só em você. Amigos não precisam ser chamados assim e dispensam as declarações públicas. Quem é, sabe. Quem é, sente.

(Marílya Caroline)

[Sugestão de Jessyca Pontes, leitora fiel do bloguito. Espero que goste, linda!]

Pare e pense! Num Mundo de iguais, seja diferente!


Qualquer uma dessas mulheres "normais", no auge dos 20 anos, estaria preocupada em arranjar um bom marido, escolher o nome dos filhos e até mesmo sonhar com a festa de casamento. Sabe o que eu acho disso tudo? Perda de tempo! Existem outras coisas mais importantes do que relacionamento e planos futuros, assim como existem outros valores na mulher do que saber cozinhar, bordar e ser uma boa esposa e mãe pros filhos de alguém, até porque os homens não se preocupam mais em serem escolhidos pra isso. A grande verdade é que a mulher de hoje não quer  ser só boa "parideira" ou esposa modelo pra sociedade. A mulher do século XXI não precisa andar de mãos dadas com alguém pra ser respeitada. A mulher de hoje pensa, trabalha e tem outros planos além de constituir família. Existem outras obrigações além de ser a mocinha da novela das 6, para uma sociedade que não abre espaço pra isso. As coisas mudaram, mas a mentalidade de alguns continua presa no passado. Vejo homens saindo pra balada e fazendo coleção de mulheres e são esses mesmos caras que abrem a boca pra dizer que não há mulheres que prestem. Há homens que prestem, queridos? Não é feminismo, neste caso, mas apenas uma constatação. Se fosse, não haveria problema nenhum. Por muito tempo, fomos cativos do machismo e aceitávamos de cabeça baixa o que era dito, então abram alas pro feminismo. Melhor que uma mulher submissa e previsível é uma mulher que pensa. O grande problema é que poucos homens são "machos" o suficiente para aguentar estar ao lado de uma mulher que tem opinião própria, não se limita ao que os outros pensam e tem atitude. As mulheres contemporâneas não querem mais um marido, querem espaço! E isso vem sendo conquistado, por mais que muitos homens ainda se preocupem em acompanhar as tendências da moda, mas não estejam tão preocupados em renovar também a mentalidade. Crescemos, evoluímos e ganhamos espaço. Tenho um leque de assuntos para os mais diversas conversas em mesa de bar, ao lado dos seus amigos. Ao invés de falar de dotes culinários e manuais, se orgulhe da minha inteligência. Se orgulhe de ter uma mulher empreendedora e eficaz ao seu lado, ao invés de um exemplar de porcelana que ornamenta a tua empoeirada estante de mulheres comuns. No auge dos 20 anos, a minha preocupação não é arranjar um namorado, noivar, escolher igreja  mais tradicional e ter uma penca de filhos. Existe um "eu" antes de tudo isso e ele não precisa de plurais. Não preciso mais me encaixar num convencionalismo hipócrita de uma sociedade que ainda é cativa das correntes machistas que nos fizeram prisioneiras. Há quem ainda estranhe, aponte o dedo e torça o nariz, mas eu quebrei as minhas. Quer saber? Não estou nem aí para o que vão achar do que eu penso, digo e prego! Quando a gente tem certeza do que é, o que os outros imaginam que seja já não tem tanta importância. És sinônimo de força, ícone de garra e podes o que quiser. O Mundo é teu: teu nome é MULHER!

(Marílya Caroline)

** Atendendo a uma sugestão de uma queridíssima leitora e, como não poderia ser diferente, dedico esse texto à Camila Carneiro. Obrigada pela participação! **

Dê sua sugestão/opinião!

Seria ótimo se vocês sugerissem um tema pra eu escrever, pra fechar 2012 com chave de ouro. Que tal? Participem e opinem! Quem preferir, pode me procurar no facebook e deixar sua sugestão!

Beijo, amorecos!

Malandragem


Eu sei que você vai me ouvir dizer algumas besteiras e desviar o olhar do teu, que quase me fura a carne e atinge a alma. Ainda não aprendi a te encarar de frente e também não decidi se vou entender isso como medo ou um simples gesto de esquiva, que já cansei de repetir com quem tenta ir além do [meu] superficial. Você é aquele tipo de cara malandro que invade a vida da gente e arranja um espacinho pra ficar, naquele amontoado que a gente nem mesmo se encontra. Você tem aquele jeitinho doce de me trazer paz, quando insisto em fazer com que tudo seja tempestade. Você ensaia tudo direitinho e parece me conhecer, mesmo que eu tenha medo disso. Mesmo que eu queria repetir pra mim mesma que você é um desses tipinhos que a gente pode encontrar numa outra esquina qualquer, mas não. É você e vai continuar sendo, até eu descobrir porquê você me arrepia e me provoca esse sorriso bobo, que não quer mais sair do meu rosto. Até eu me dar por vencida e entender que você conseguiu o improvável. É, você me cativou.

(Marílya Caroline)

sábado, 29 de dezembro de 2012

2013


Por um mundo sem tanta falsidade, sem "eu te amo" soando como "bom dia", sem gente passando fome e outros desviando dinheiro. Por um mundo mais justo e limpo, sem crianças trabalhando e gente fingindo ser o que não é. Por menos enrolação e mais olho no olho, por verdades ao invés de tantas mentiras e pra brotar paz, de onde só tem saído violência. Por mais amigos e menos colegas, por amores que possam ir além das fotos "felizes" do facebook e por mãos dadas, ao invés de armadas. Por um mundo onde a gente possa ser feliz sem pagar caro, por pessoas em que a gente possa confiar e por mais corações capazes de amar. Para que 2013 seja mesmo um ano novo. Trocar o calendário, comprar roupas novas e abrir o champagne é fácil. Difícil mesmo é fazer com que, de fato, tudo recomece. Fazer com que tudo seja novo de novo!

(Marílya Caroline)

Máscaras


Que sejamos mais verdadeiros uns com os outros e passamos ver até que ponto o personagem que tentamos exibir faz parte da nossa realidade. Será que você é feliz sendo o que não é? O que acontece quando as cortinas fecham e a maquiagem borra? São essas e outras perguntas que eu gostaria de fazer a quem ainda insiste em ser de mentira, por não conhecer a verdade. Menos máscaras e mais cara limpa, por favor!

(Marílya Caroline)

Espaço Externo


"Homens, vocês não sabem o que têm nas mãos. Tocam os seios sem saber que no meio bate um coração, beijam as bocas sem ouvir o que elas têm a dizer e passam a mão pelos cabelos sem perceber que há uma mente inquieta. Não fiquem apenas assistindo. Coitados dos homens que não se arriscam, dos que se conformam em apenas ter uma namorada e não fazem nada para conquistá-la todos os dias. E por não se arriscar, perdem amores por incapacidade, companhia por desinformação e cumplicidade por medo. Apenas perdem tempo."

(Via Facebook)

Posso dizer? GENIAL!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Espaço Externo



"Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você. Eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende? Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu." 

(Via Facebook)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Compromissos me apavoram!


Se você também tem medo de relacionamentos, você não está sozinha. Chegue mais! A verdade é que eu tenho pavor de todo e qualquer tipo de coisa que ouse ameaçar minha liberdade. É ela quem tem regido a minha vida  e é assim que funciona, desde sempre. Me apavora a ideia de dar satisfação, ter obrigação de ligar pra dar boa noite e todas essas cobranças tolas que norteiam os relacionamentos dos deslumbrados. Rotina me dá tédio e, dependendo do grau, até ânsia de vômito. É por essas e muitas outras que meus relacionamentos não duram mais do que a fase do encantamento. É legalzinho, dá pra suprir carência, mas não ultrapassa a zona do conforto. É melhor pra você e pra mim não gerar dependência. Eu respiro melhor e mais fácil sem ter que ter você, fulaninho, pra dividir espaço comigo. Gosto da cama só pra mim, de não ter que dividir o canudo do refrigerante e não me preocupar com "mêsversário" de namoro. Amor, pra mim, é aquele que faz bem e não se impõe à minha rotina.  Tem que ter aquele ingrediente chamado surpresa e não pode ser invasivo. Tem gente que chega pra derrubar os muros e adentrar sem convite. Odeio falta de educação e, pra mim, esse é um dos piores defeitos que não deve ter quem quer fazer parte da minha vida. Eu gosto mesmo é da surpresa, sabe? Disso de não ter hora e lugar marcado. Se rolar, te dou a mão. Mas eu prefiro mesmo tê-las livres, como todo o resto do meu corpo. Gosto de ter você quando eu quero, sem que pareça egoísmo, pois não é. Querer ser só minha é dar espaço pra que você também possa ser seu e, dessa forma, tudo funcione melhor. Eu não gosto dessas manifestações afetivas e públicas, dessa troca de apelidos melosos e do relacionamento GPS. Quem precisa disso é o tipo de gente carente que não fez a lição de casa e precisa de uma confirmação alheia, que grita "eu sou amado", "eu sou bom o suficiente", "eu não estou sozinho". Eu também pensava assim, até aprender a varrer meus medos pra fora da minha vida e aprender a receber as pessoas com a casa limpa e o coração faxinado. Não preciso que alguém me confirme, a todo momento, o que eu deveria saber sozinha. Há quem não entenda e ouse chamar tudo isso de covardia ou revolta. A essa altura do campeonato, pouco me importam as nomenclaturas atribuídas de quem enxerga meu Mundo de fora. Se isso é ter medo, eu tenho! Eu morro de medo de parecer tola e mais ainda de fazer com que alguém se sinta assim. Me desprendi da pseudonecessidade de mostrar ao mundo que eu ando de mãos dadas ou que sempre mudo o relacionamento, nas redes sociais. O que precisa ser visto e entendido é que o que eu mantenho comigo mesma vai muito bem, obrigada. Os outros, eu dispenso! Quem aprende o que é excelente não se acostuma mais com que é bom. E isso, meu bem, nem todo mundo fará por/com você. 

(Marílya Caroline)

Outro dia


Toalha molhada, dois pratos na mesa e uma bagunça no coração. Nem parece que você se foi  e eu continuo cumprindo o mesmo ritual, só pra prolongar tua presença mais um pouquinho e fingir pra mim mesma que nada mudou. Você vai acordar com aquela cara amassada e teu bom dia sonolento vai fazer com que eu sorria o resto do dia e isso vai se prolongar até a noite, quando, cansados, deitaremos juntos pra assistir um programinha qualquer. Éramos invencíveis e você parecia saber disso. Bastava surgir algum probleminha bobo pra nos darmos as mãos. O que poderia ser maior que isso? Fomos parceiros, cúmplices e amantes até o último momento. Nem sei porquê teve que acontecer isso, se nós éramos indiferentes a tudo que pudesse destruir nosso pacto. Não foi casamento ou uma dessas juras clichês que a gente faz no altar. Nada contra, mas eu prefiro não prometer nada e me preocupar menos com o que isso repercute, no dia-a-dia. O nosso juramento foi selado no primeiro beijo e confirmado todos os dias, quando você me olhava e eu entendia, silenciosamente, que estávamos juntos, pra o que der e vier. Você foi meu amigo até naqueles momentos em que eu achei que iria pedir divórcio até de mim, sem cobrar nenhum bem. Nossos corpos tinham aquela química tão falada, sabe?! Era o encaixe perfeito, principalmente nos dias de frio e tédio. Eu gostava do jeito que  a gente se entendia, sem dizer nada. Andar de mãos dadas contigo parecia extinguir toda a vulnerabilidade que sempre tomou conta da minha pequenez. Você sempre foi grande o suficiente para me pôr no colo e me tomar pelo braço, me conduzindo para os melhores lugares que eu já frequentei. Eu sei que foi amar. Desses que dizem que a gente só tem uma vez na vida, sabe?! E que também dizem que nunca acaba. Até acredito. O nosso só adormeceu e eu acho, sinceramente, que ele tava muito exausto desse nosso corre-corre. Foi preciso dar um tempo. Um espaço pra que a gente reestabeleça o que ficou perdido de nós dois, nessa coisa de sermos um só. Foi o nosso único erro e a única falha que não se preenche com presentes, flores e vinhos. A gente se encontra, amor. Numa dessas esquinas em que a gente se conheceu, quem sabe?! Pra tomar um café, pra contarmos o que tem preenchido a nossa rotina ou simplesmente para constatarmos que o tempo nos fez mais maduros do que éramos quando nos conhecemos. E eu vou olhar pra você com aquele orgulho de sempre, ao saber que o meu menino já é um homem. E aí sim, vou te deixar cuidar de mim. Durante todo esse tempo, foi o que eu fiz por você...

(Marilya Caroline)



sexta-feira, 21 de dezembro de 2012


Mas eu decidi que não vou me importar. E quer saber? Não vou! Tirei nossas fotos do porta-retrato, fiz uma faxina na casa e joguei fora todos os vestígios de você. Aproveitando a limpeza, também faxinei o coração. Por mais que você insista em achar que é conversa fiada, que não engana nem a mim mesma, eu bato o pé e digo que não. Me acostumei com toda essa falta. Falta de você até que vai, mas de mim? Do respeito e do amor que eu nutria por mim? Não, meu bem! Esse eu resolvi estocar. E é pra ocupar todos os espacinhos amontoados pelo teu jeito espaçoso que eu resolvi me limpar de tudo. Me livrar de você...

(Marílya Caroline)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Rotina


Até parece que, se você tivesse me ligado, teria mudado alguma coisa. Você me perguntaria o que fiz durante o dia e eu responderia a mesma coisa de sempre. Não sei porque você ainda pergunta, se sabe mais da resposta do que sobre você mesmo. E eu te diria como anda a minha rotina agitada, na faculdade, e que estou estressada por tudo isso. Você me convidaria pra sair e eu inventaria mil desculpas esfarrapadas... aquelas que você também já conhece. Você venceria  e eu tentaria, a todo custo, reverter o placar. Eu perguntaria como foi seu dia e você tentaria, mais uma vez, não falar muito de si mesmo. Mistério é teu sobrenome e, quanto a isso, eu não poderia tentar mudar. Eu sei que é jogo perdido. Daí você pagaria a conta, elogiaria a minha roupa e, mais uma vez, seria ponto pra você. Anos de intimidade e você ainda consegue me tirar do prumo. Seria bom ver o entardecer contigo, falar de coisas banais e dividir contigo a minha rotina. Você sabe que eu não teria novidades, mas ainda assim insiste em perguntar por elas. Eu responderia, de novo, que a minha novidade sempre vai ser você. Você, pra me amar quando eu menos mereço e quando eu mais preciso. Você, pra romper o meu silêncio e ultrapassar as minhas barreiras. Você, pra ser o homem que faria todos os outros que passaram pela minha vida sentirem inveja. Mas o telefone não tocou. E nada mudou por isso...

(Marílya Caroline)

"Minha amiga disse que o amor está no ar... Borrifei logo BOM AR, pra acabar com essa palhaçada"

(Autoria desconhecida)

Indecisão


Você precisa ir embora de vez ou desfazer as malas e ficar. O que me esmaga é esse não saber. Não saber se a rotina da casa te agrada ou se a saudade que você tem de mim não é maior que sua vontade de ficar. Me esmagam todas essas incertezas que norteiam nosso "bom dia". É ruim não saber se vou contar com seu beijo de boa noite ou se vou ter que apelar pra alguma música melosa, até conseguir dormir. Não saber se você vai voltar pro jantar ou vai sair por aí, à procura de quem também se perdeu de um outro alguém. Por um longo tempo, me mutilaram todos esses porquês. Você sempre foi a minha incerteza mais certa. Você continua sendo o mistério que eu insisto em desvendar e, mesmo que isso não aconteça, ainda vou tentar de novo e de novo e de novo. Mas ainda dói não saber quase nada sobre você. É ruim não poder fazer planos e ter que conjugar todos os nossos verbos no presente, por não termos a certeza de um futuro juntos. Sinto falta de você nos dias de chuva, no auge da minha tpm ou quando alguém me conta, com entusiasmo, como comemorou o último Natal ao lado de quem ama. Você nunca pousou na minha vida. Você nunca me deu garantias, ao invés desses presentes todos que tomam o teu lugar, na nossa cama. Jóias enfeitam o meu pescoço, mas você só sabe ornamentar a minha vida. E é por essas e outras que eu vivo cansada de esperar ou de não saber se você vai ou fica. Se você é meu ou se ainda tá tentando  ser só teu, pra poder se entregar. E eu te espero, a cada noite, como quem espera por um novo dia. Espero, te acolho e te afago como quem pede, silenciosamente, que você não tenha pressa em sair do meu abraço, pois é quando te sinto meu. Mas não dá mais. Não dá mais pra ver o café esfriar e a angústia bater. Não dá mais pra tentar ser a mulher desinteressada que eu não sou. Oito ou oitenta. Ou pousa ou voa. Me ame ou vá embora, mas não me peça mais pra te esperar voltar. Não me peça pra condicionar a minha vida em função de um talvez. Se você não sabe o meu valor, não é  a minha insistência que vai te mostrar. Você decide se permanece ou se vai embora, mas eu não te peço mais pra ficar.

(Marílya Caroline)

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Finalmente


Caiu a minha ficha exatamente na mesma época em que também desabou todo o meu encantamento por você. Deixei de falar de desamor e mágoa aos quatro ventos. Parei de querer que meus amigos ouvissem, incansavelmente, o quanto você foi tolo e injusto ao me deixar escapar e correr pra bem longe, debaixo dos meus olhos. Não importa mais! E você vai saber disso através do meu silêncio, que engoliu todas as palavras bonitas que ecoaram, baixinho, no teu pé do ouvido. Me despi de todos os rótulos que me permiti vestir, enquanto estávamos juntos. Se fui tola, conivente ou passiva em nossa relação, já não importa. Nunca deveria ter importado. Deixei de mendigar afeto a quem sempre foi mais pobre que eu. Você não passa de um homem qualquer. Eu que cismei de te encher de qualidades, que você não suportou carregar... Deixou todas elas no caminho e eu fui descobrindo aos poucos que o homem da minha vida não passou de um babaca na minha história. E eu remoí tanto os nossos momentos. E eu aluguei tantos ouvidos  e derramei tantas lágrimas. Pra quê? Só pra descobrir que eu estou melhor sem você. Quem eu sou melhor sem você! Acabou. 

(Marílya Caroline)

Espaço Externo


Aos caminhos, entrego o nosso encontro e se tiver que ser, como tem que ser, do jeito que tiver que ser, a gente volta um dia.

(Caio Fernando Abreu)


*Por mais que falem mal do Caio, eu continuo sendo fã dele. Ah! Atire a primeira pedra quem não se identifica*

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Fragilidade


Eu vim só deitar no teu colo e sentir o teu cheiro, mais nada. Voltei porque sei que você me compreende, mesmo que eu tenha passado tanto tempo ausente. É pra você que eu vim falar sobre a minha vida e o que há muito tempo eu não tenho contado. É pra você, que eu sei que não vai me julgar. Hoje é um daqueles dias tristes, sabe?! Mas nem todo mundo precisa saber que eu estou assim e também tenho meus dias de fraqueza. Há quem acredite firmemente que eu não caio e, confesso, tem me custado muito pra me manter assim. Vim implorar um abraço, um afeto, um afago. Vim pedir pra você não me encher de perguntas, pois eu não me preparei pra nenhuma das respostas. Vim despida de certezas e cheia desse medo tolo de que nada dê certo. Eu só quero que você me olhe, daquele jeito que só você sabe, e me diga que tudo vai ficar bem. Mesmo que não fique, você ainda me faz acreditar que pode dar certo... Pode mesmo?

(Marílya Caroline)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Perigo à vista!


Eu acho que você deveria manter distância. Não sei bem se por você ou por mim, mas afaste-se. Eu tenho essa mania horrível de colocar uma placa como essa, em letras garrafais, bem na porta do meu coração, recepcionando que insiste em entrar na minha vida. Não é que não haja espaço, mas fica apertado. Eu sou folgada e gosto de tudo pra mim, sabe?! Não pense que é falta de educação ou coisa do tipo, mas previna-se! Eu já vi essa história se repetir algumas vezes. Você vem, eufórico, e tenta se encaixar em alguma brecha que eu [ainda] deixo. Mas não deveria. Não deveria por quê eu tenho o péssimo hábito de sufocar, em contato com alguém. Ou a mim ou a você, mas um dos dois sai perdendo. E você vai acabar me deixando aquela velha história pra ser lembrada e, mais uma vez, eu não vou saber em quem pôr a culpa por mais um "quase" fracassado. Não quero lembrar de você e ter que esquecer, pois não precisa ser assim. Você não me confunde e eu não te faço o mesmo. Você não me tira da zona de conforto e eu te poupo do desgaste de conquistar quem não quer ser conquistada. Eu sou minha, entendeu? E essa relação não acaba com meia dúzia de palavras e algumas doses de presença. Você pode até ter minha companhia, mas vai ter que se esforçar um pouquinho mais para que eu a queira do amanhecer ao anoitecer, sem que mude de ideia, ao meio-dia. Sou inconstante e você nunca vai ter de mim uma resposta certa, quando indagar o que quero ou no que estou pensando. Nessa correria, não deu tempo pra me definir. Inútil tentativa essa de me entender, se você chegou agora e pegou o bonde andando. Quero que você entre no jogo sabendo das regras, mas evite a sede de querer ganhar. Eu não sei lidar com perdas, ainda mais aquelas que me tiram o prumo e me deixam sem saber agir. É meio vergonhoso e dessa mania infantil eu não me libertei, mas não sei perder. Se alguém tem que rodar, que seja você! Eu não vou me preocupar em ter alguém pra dar satisfação, caso eu não queira responder as suas mensagens ou te encontrar, com cara de sono. Eu não vou ter que me culpar por não me permitir ou ter que admitir que, mais uma vez, que não abriu a guarda fui eu. Vou encontrando alguns defeitos, me apossando das tuas falhas e apostando no pessimismo pra dizer que eu não estou encantada por você, pois eu me conheço há alguns anos e sei que isso vai passar. Antes que me renda às justificativas, vou te mandar ir embora, sem ter passado da sala de espera da minha vida, onde eu deixei muitos outros. Muitos que, assim como você, não me fizeram ter a vontade de deixar entrar. Medo, covardia ou bloqueio? Sei lá. Mas ainda acho melhor você evitar!

(Marílya Caroline)

domingo, 9 de dezembro de 2012

Contigo


Você parecia ganhar o [meu] mundo quando nos guiava. E eu não tinha medo... Nem da velocidade, nem de não ter rumo. Eu sempre gostei de adrenalina, ainda mais por estar contigo e não saber, ao certo, para onde iríamos quando o dia amanhecesse. Você foi e continua sendo a minha incerteza mais certa, que dá rumo aos meus dias e caminho aos meus pés. Você parecia saber o quanto eu me sentia segura contigo e o quanto eu admirava esse teu jeito de não ter medo de nada. Eu sempre gostei disso. Você me deu asas, quando eu estava cansada do chão. Você foi o único homem capaz de me tomar pelo braço e me levar, sem que eu precisasse me preocupar qual a rota e em que direção o sol ia se pôr pra nós. Não importava e continua não importando. Tanto tempo se passou e você continua acelerando meu coração, a cada vez que a gente se encontra. As mãos geladas e o friozinho na barriga são os mesmos de quando te conheci, mesmo que hoje você me pegue pela mão e me mostre, a cada instante, o quanto eu sou tua, em nome do teu poder de conquista e não de um sentimento de posse. E sou tua sem medo de me perder de mim. E desfaço, todos os dias, a minha rotina só pra você me surpreender mais e mais, como vem fazendo nos últimos meses, dias, horas e segundos. Antes de você chegar, eu não tinha rima nem rumo. Antes de você chegar, eu tinha medo de qualquer pessoa que ousasse querer fazer parte do meu Mundo, mas você me levou até onde eu não poderia imaginar: você me levou até mim. Antes de te conhecer, eu também não sabia quem eu era. Você veio e eu me reconheci. Você me deu a mão e eu me apaixonei, sem medos, expectativas e cobranças. E, daqui pra frente, não vou ter mais medo de segurar a mão de alguém. Se você me der a sua, eu vou. Não importa o caminho, não importa o lugar. É só a gente colaborar um pouquinho e deixar o destino se encarregar. Eu te amo. Você me ensinou a te amar.

(Marílya Caroline)

Você não entende...


...Mas se coloca no meu lugar um pouquinho. Mesmo que você não pense e não sinta como eu, tente calçar os meus sapatos e trilhar o caminho íngreme que já trilhei, até esbarrar com você e desestruturar toda uma vida equilibrada e cheia de certezas. Não foi fácil, mas pra mim nunca foi. Eu nunca te pedi pra simplificar nada, mas bem que você poderia colaborar, sabendo que eu também tenho uma coração. Infelizmente, ele cismou de querer você. É por essas e outras que descumpro minhas promessas e quebro as minhas certezas, mesmo sem saber se você vai estar comigo amanhã ou vai encontrar um passatempo melhor em um desses lugares cheios de pessoas vazias que você vai... Você sempre acaba desconfigurando o que eu levei muito tempo pra programar. Você sempre acaba me deixando confusa, insegura e temerosa. Você sempre acaba sendo menino, quando eu insisto em te pintar de homem, mas você não entende. Nunca entendeu...

(Marílya Caroline)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

sexta-feira, 30 de novembro de 2012


Acho que me perdi em uma dessas melodias melosas que vivo escutando e deixei que os outros achassem que eu sou um pouco de cada uma delas. E eles não estão errados. A grande verdade sobre mim é que eu não sou essa fortaleza que muitos acreditam que eu sou. E tenho medos, decepções e amarguras que borram a maquiagem e estraçalham o peito. O grande problema de ser quase-psicóloga é que os outros acabam achando que você pode carregar o mundo nas costas, sem se curvar. Uso a analogia do médico, que também adoece. A realidade é que tem dias que a gente quer um abraço, um afago ou apenas um ombro pra chorar. Às vezes, a gente esquece que tem um ouvido a mais e só uma boca, mas sofrer é da natureza humana e a gente precisa falar. Mas falta gente pra ouvir. Falta quem saiba se colocar no lugar do outro e perceber a dor que grita, em meio ao silêncio do peito que chora  e da alma que clama por mais sensibilidade, num mundo regido pelo mecanicismo dos que esqueceram de enxergar um pouco de humanidade, que deveria existir em cada um de nós...

[Marílya Caroline]

Espaço Externo



MANUAL AOS HOMENS


"Homens precisam passar segurança. Mas não precisa ser forte ou algo assim. Pode ser baixinho, gordinho e com pouco talento em artes marciais. Mas precisa passar segurança ao entrelaçar os dedos na gente como se ali gritasse que tudo vai dar certo. Homens precisam ter um colo paterno, mas saber que não são nossos pais. Homem é um misto de irmão mais velho ciumento, irmão mais novo implicante e primo safado da cidade grande. Homens têm que chegar no horário e esperar sem reclamar. Esqueça aquela ideia de que mulheres se vestem para outras mulheres olharem. Na verdade, eu demoro horas me arrumando exclusivamente para você. A ideia é que você não olhe para outras mulheres. Homem tem andar do lado de fora da calçada e nos levar em casa sempre. Seja de carro, moto, ônibus, taxi ou a pé. Mas é importante nos levar no portão, assim, por tradição clichê, sabe? As mulheres evoluíram, eu sei. Mas o cavalheirismo não saiu da moda não. E pelo que ando lendo por aí, nunca sairá. E não confunda cavalheirismo com homossexualidade. Há vários gays mal educados, também. Educação nada tem a ver com orientação sexual. Então, se você abrir a porta do carro, pedir para carregar os pesos e ceder o assento para qualquer mulher ou idoso não te faz um gay assumido, entende? Homem tem que ter pegada. Mas não achar que pegada significa arrancar tufos do meu cabelo. Tem que saber apertar meu rabo de cavalo sem tirar nenhum fio dali. Vai por mim, homens que machucam demais na hora da transa não são excelentes bons de cama. Homem tem que ser atencioso, seja para perceber que cortamos dois dedos do cabelo ou para distinguir nossos gemidos de “tente mais um pouco” e de “não para, pelo amor de Deus”. Não me dê flores, chocolates, ursinhos de pelúcias ou etc. Me dê cartões. Escreva coisas estúpidas e bobas que me farão rir como uma criança. Depois disso, compre flores, chocolates e ursinhos. Você pode me dar um helicóptero todo rosa pink, com minhas iniciais na porta, mas se não tiver um cartãozinho surpresa com teus garranchos, não será a mesma coisa, entende? Homens não precisam ser um Fred Astaire, mas é importante nos tirar para dançar. Não pela dança, em si, mas pelo ato de nos carregar pela mão pelo salão. Nos exibir por aí como sua maior conquista. Homens que nos amam são ótimos. Mas, melhores ainda são os que têm orgulho de nos amar. Eu não gosto de futebol, mas se você quiser me levar para assistir ao jogo com seus amigos, eu vou gostar, entende? É como te levar para almoçar na casa dos meus avós. Pouco me importa a comida ou algo assim, o que eu quero é te aproximar da minha família e te mostrar aos meus parentes. Os homens quem leem são mais interessantes. E ser interessante vale mais do que olhos azuis e peitoral malhado. Não seja um chato replicador de frases do Caio Fernando Abreu ou coisa assim. Mas saiba declamar Fernando Pessoa ao pé do meu ouvido como se você mesmo tivesse escrito aqueles versos pensando em mim. É como não saber cantar, mas esforçar-se para cantar aquele refrão bonito dos Los Hermanos e dizer que lembra de mim toda vez que ouve, sabe? Surpresa sempre são bem-vindas. Seja por um cartão bonitinho ou por aquela trufa de marula que você sabe que sou apaixonada. Entenda que presentes não são o preço que custaram. Como próprio nome já diz, presentes são para fazer presença. Então, cada vez mais que eu fizer presença em tua vida, saberei que faço parte dos teus dias, também. Em dias nublados, homens têm que sair com casacos mesmo que não esteja sentindo frio. Hormonalmente, mulheres sentem mais frios do que os homens, então o seu casaco extra será importante nesses momentos. Mas não se esqueça de nos abraçar, também. Melhor do que casaco de lã é par de braços perfumados. Homens precisam ser simpáticos. Mas nada de muito sorrisinho para qualquer vadiazinha em rede social. Nem solícito demais a ex-namoradas. Ter ciúmes é legal. Mas nada em exagero. Implique com meus decotes ou com meus vestidos curtos. Mas como quem cuida, não como quem ordena. Sorria dos meus ciúmes, mas sem deboche. E me faça sorrir, também. Homens precisam saber nos fazer sorrir – mesmo que não sejam exímios contadores de piada. Mas é de extrema importância nos fazer sorrir. Seja por cócegas, por caretas, por se sujar ao lavar a louça ou por comprar o box de The Big Theory. Mas me faça sorrir. Entendam que a porta do coração das mulheres está nas gargalhadas que ela dá ao seu lado."


(Hugo Rodrigues)

[Ah, se todos homens pensassem assim... E, só pra constar, deu uma preguicinha grande de editar a pontuação do texto. Quem já leu o blog, sabe do meu perfeccionismo com isso. Tento fazer o possível para evitar os erros, mas a correria me impediu de fazer o mesmo com esse. O que importa é a ideia, né?! Vamos repassar!]


quarta-feira, 28 de novembro de 2012


Eu passaria uma vida ao seu lado, mas não esta. Não esta em que meus sonhos são mais fiéis do que teus olhos. Não esta em que tudo o que me dá garantia não parte da tua boca...

(Marílya Caroline)

Jogo virado


Eu sei que você deve ter se perguntando por que cargas d´água eu não te liguei. Teu celular não tocou e não tocará. Em outra época, eu teria abarrotado a tua caixa de entrada com mensagens bobas de cobranças, que só te arrancavam alguns risinhos convencidos e nenhuma preocupação com o meu coração, que já estava a saltar pela boca. Não mais. E tenho certeza que você sabe porquê ou, se não, deveria imaginar. A sutil diferença entre a menina que você conheceu e a mulher que você lembrou que existe é a linha tênue que separa esses dois termos. Troquei você por umas boas doses de ironia e elas tem me causado um efeito que você nunca chegou nem perto de provocar em mim. Você pode não ter conhecimento disso e isso é bom. Só prova que eu não preciso atirar verdades na tua cara para que elas existam pra mim. Eu mudei e ponto. Você não precisa saber! Aliás, de que é mesmo que você precisa? Talvez de mais uma dose de realidade e alguns anos a mais. Não nas costas, mas na mente. E eu sei que um dia isso vai se ajustar na tua cabeça, mas não agora. Não agora que você ainda tem o número de mulheres que você engana como um troféu que deve enfeitar a estante da tua [vaga] vida. Você é feliz? Acho que essa é a única coisa que eu ainda queria te perguntar. Não que a resposta fizesse alguma diferença, mas só pra te convidar a refletir sobre o que você tem feito com os outros e que tipo de prazer isso traz pra você. Não é revolta, vingança ou nada do tipo. Meu peito não carrega todos esses sentimentos ruins que você um dia conseguiu despertar em mim. Esquecer você foi a melhor coisa que eu já fiz e eu pensando, inocentemente, que tinha sido te acontecer. Teu celular não tocou porquê o meu jogo é o mesmo que o teu. Você é objeto, penduricalho e enfeite que saiu de moda. Você é um somatório de todas essas coisas empoeiradas que a gente insiste em estocar no porão, só por comodismo. Apego inútil, mas não faz diferença. E não faz porquê você não soube fazer. Quem muito escapa, tem medo de ser pego. E é esse medo que te faz pular de galho em galho. Não é que você seja o último homem da face da terra e todas caiam por você. É seu o medo. É toda sua a covardia! Na tua armadilha, não caio mais. Todas as armas apontadas  se voltaram contra você e é você mesmo quem vai puxar o gatilho. Algo me diz que isso não vai custar...

(Marílya Caroline)

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Psiu...


Seja superior! E eu não estou falando de dar o troco, pois não se trata disso. Estou falando de não se importar mesmo e não deixar-se diminuir por coisas banais. A verdade da vida é que a gente só sofre enquanto quer. Acordou e decidiu não se permitir? A tristeza não vai chegar! O problema é que a gente tem a mania de cutucar quem nos feriu, na tentativa frustrada de acertar uma conta que  o outro sempre deixou pendurada. Quem perdeu foi você, todo esse tempo, e tá na hora de abrir mão desse custo. Seja superior e viva a sua vida, mas faça isso por você e para você e não apenas em função de uma vingança tola. Mais tolo do que isso é quem te magoou. Ele perdeu suas boas intenções e você não vai deixar que ele leve embora o que de bonito existe em você. Não ligue, não procure saber e não dê importância. Superioridade requer um pouco de cegueira e de sangue frio mesmo, mas é essencial. Vive mais e de pele lisinha quem não se deixa abater por quem não faria o mesmo por nós. Quem não nos faz o bem, não merece nos influenciar pro mal. [Ah! E você nem é tudo isso, viu?!]

(Marílya Caroline)

É que no circo afetivo sempre cabe mais um palhaço, mas faz tempo que meu coração deixou de ser teu picadeiro...

(Marílya Caroline)

Porta aberta e janela escancarada


Eu sempre deixei a porta aberta, pois preferi achar que você estava comigo porquê queria e não em função de uma fechadura, sem chave por perto. Escancarei todas as brechas e saídas para que você se sentisse livre para partir, quando quisesse, ou pra sentir como está o clima lá fora. Você nunca me ouviu pedindo pra ficar mais um pouco ou implorando que você o fizesse indiretamente, por meio de um planejado medo do escuro, que você também sabe que eu não tenho. Eu jamais faria isso por uma série de motivos, mas o mais forte deles sempre foi orgulho... Aquele que sempre me impediu de dizer o quanto eu me sentia melhor quando estávamos juntos, com a certeza de que eu não poderia condicionar meu conforto à sua presença e calando todas as vozes que nunca puderam ecoar, entre nosso silêncio. Éramos felizes de portas abertas e janelas escancaradas, para que todo mundo visse e você soubesse que poderia ir embora, mas eu preferia que você ficasse. Repeti incansáveis vezes, em cada pequeno gesto meu. Nunca fui boa com declarações ou coisas do tipo, mas, a esta altura do campeonato, você já deveria ser expert em decifrar o meu silêncio. É ele quem te fala agora, entre gritos mudos e soluços engolidos a seco. Nunca te acorrentei aos meus anseios, tampouco te engaiolei e exigi algo em troca. Não sou disso. Aliás, você me ensinou a não fazer mais isso e eu pareço ter aprendido. Aprendi tanto que só notei que você havia ido embora quando não encontrei alguém pra me dizer boa noite e que eu estava linda. Decorei teus clichês a ponto de não precisar mais ouvi-los. Nosso relacionamento entrou naquele automatismo que eu tanto temia e foi aí que, após muito tempo, vim sentir sua falta. Acostumada com teu entra-e-sai, deixei de perceber quando você ia embora, mas tomei mais cuidado com a porta. Por precaução, tenho deixado fechada. Você sabe onde me procurar e pra quem voltar, mas eu tenho pensado se ainda vale a pena te receber ou deixar a porta aberta.

(Marílya Caroline)

domingo, 18 de novembro de 2012

Teu mistério


Eu queria saber o que você tem, mas não quero me deparar com a triste constatação de que você não tem nada e que é meu esse defeito de sair "catando" tudo. Me perdoe a expressão, mas eu não encontrei uma melhor. É por catar tanto que eu me deparo com homens como você, que me fazem acreditar que tudo o que os outros ensinaram foi em vão e que eu estou eternamente destinada a cair na mesma conversa fiada, que não engana nem mais as meninas da 5ª série, mas continua fazendo com que eu insista em você. Melhore, meu amigo! Ou você colabora ou eu vou ter que incluir você na lista dos que me fizeram desacreditar que vocês, homens, tem algo bom a nos acrescentar. Tá faltando você honrar as calças fora do seu grupo de amigos ou diante de outras mulheres. Mostra que tu és homem pra mim, só para eu me libertar, por um momento, desse cárcere afetivo em que você me pôs, sem nenhuma intenção aparente. Se quer me pegar, já pegou. Pegou de jeito e no ponto fraco. Esse não é o troféu que você queria? Eu espero para ganhar o meu quando descobrir o que é que você tem, pra me fazer perder tanto tempo em função de um talvez ou de uma ligação que não vem. Você nunca vem quando eu espero, mas sempre ressurge quando eu acho que não mais preciso. É você que insiste em fantasiar a minha realidade e ameaçar a minha segurança, tão batalhada e merecida. E, após tantos tropeços e atropelos, ainda não sei o que te faz ficar, nem muito menos o que ainda faz com que eu te aceite, sempre que você vem pedir abrigo na casa que não é tua, mas você sempre encontra de portas abertas: o meu coração.

(Marílya Caroline)

Emboscada


Bateu saudade. E agora? Não sei o que fazer com os números que se cruzam e com as palavras que insistem em vir à tona, como uma música que gruda e não quer mais sair da mente. Você fez mais ou menos assim. Concordo que você tinha todo o direito de ir embora, quando quisesse, mas precisava me deixar com tanta saudade assim? Eu sei que meu orgulho bobo me impede de discar teu número e descarregar essa e outras coisas não ditas, mas você também sabe disso, portanto deveria colaborar. Só não aprovo essa tua mania de querer aparecer quando quer ou quando eu insisto em achar que estou refeita. Discordo desse teu jeito de se achar dono do Mundo e o queridinho das mulheres, pois você não é. Eu não quero ser teu consolo, quando uma delas não te quiser, ou teu programa daquele domingo chato, onde só sobre o futebol que não é do time que você torce. Eu quero mais! Eu sei que sou muito mais do que uma falta, que você insistiu em deixar no lugar dos nossos momentos, tão sagrados e lindos. É por essas e outras que a minha saudade não me deixa ir até você, pois eu aprendi que sozinha dói menos. Com você, eu tinha alguns sorrisos. Mas sem você, a coisa aperta. E o coração tá calejado demais para eu ter que espremê-lo de novo. Não foi a primeira vez e nem vai ser a última. Quando eu sentir que estou me apegando, você vai embora ou eu mesmo me encarrego que vá. Sentimentos são armadilhas e eu não quero mais sujeitar meu coração à emboscadas. Você, não mais.

(Marílya Caroline)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Um tempo pra nós dois


Lembra das nossas promessas? Emoldurei todas elas e coloquei num canto visível do meu quarto, perto das nossas fotos. Olhar para todas elas e lembrar de um tempo bom é saber que você faz falta, mas tudo foi bem vivido. E eu respirei você até o último momento, mas alguma coisa tinha que morrer. Eu preferi que fosse nosso amor. Antes ele do que eu, não é?! Você há de convir que todos os esforços foram feitos. Você também vai embora sabendo que eu fiz de tudo pra não ter que arrumar as suas malas, mas não deu. Por vezes, o tempo decide por nós e eu insisto em achar que foi isso que aconteceu. Fomos felizes, vivemos uma época dourada e acabou, mas estamos bem. Eu quero acreditar que estamos, mesmo diante desse nó na garganta e esse medo de recomeçar sem o apoio do outro. É ruim não saber o que fazer e o medo de perder o rumo ainda ameaça nossos passos. Eu sei que vou seguir cambaleando, até me encontrar ou encontrar alguém que me faça lembrar que amar é bom e bonito. Com você eu tive a certeza disso. Que pena que não pudemos levar à diante. Eu te juro que te faria cafuné e deixaria você assistir futebol, enquanto eu passeava com minhas amigas ou simplesmente ficava te observando, pensando como é bom ter o seu bom dia e dormir com seu beijo de boa noite. Afinal de contas, fomos felizes. Desde o primeiro beijo ao último "eu te amo". E te amei. Te amei em cada deslize e no meio de todas as brigas banais. Te amei quando você me irritou e arranhou o meu cd predileto. Te amei quando você roubou todas as minhas certezas em nome de um amor, que hoje me faz escrever estas linhas. Te amei até você sair por aquela porta, dizendo que precisava pensar e ter certeza do que queria. Acredite, eu amei até as tuas dúvidas. Mas, hoje, decidi me amar primeiro. 

(Marílya Caroline)

É você!


Você não valia nada e eu sabia disso. Entrei no seu jogo ciente de todas as instruções e até das armadilhas perigosas. Eu conhecia os perigos como ninguém. A vida já me pôs diante de muitos deles e eu me achava "a" tal por ter superado todos eles. Doce engano, não é?! Seu jogo era diferente. Eu quis brincar de todos os jeitos com você, achando que você poderia ser mais um e eu, finalmente, teria me tornado invencível. Errei. Errei e nós sabemos disso, mas, pela primeira vez em toda a minha vida, fiquei feliz em ter me enganado. Você tem aquele jeitinho manso de me deixar sem ação, toda vez que sorri. Você parece ser capaz de esgotar todo o meu repertório de respostas prontas ao me dizer que sou tua e de ninguém mais. E sou. É você, eu sei. Mesmo que eu tenha remado contra a maré e a correnteza tenha me puxado pro lado contrário à minha vontade, ainda é você. E vai ser você apesar de todos os meus medos, anseios e até mesmo da tal insegurança que me impede de encarar isso de frente, contrariando a personagem segura e inatingível que você conheceu naquela noite, por obra do acaso. Quando você me olhou, eu tive certeza disso. Logo eu, que odeio clichês, declarações melosas e qualquer tipo de manifestação que ouse me tirar da zona de conforto, te digo: em meio à tanta gente sem graça, que nunca se esforçou de me fazer querer alguma coisa, te encontrei. E não me arrependo de ter me perdido, quando isso aconteceu. Quando você me diz que sou sua, eu tenho certeza que você não precisa da confirmação. Silenciosamente, afirmo. E reafirmo, sempre que acordo e te ouço dizer que os dias até podem ser iguais, mas nós dois vamos fazer diferente. Eu te amo.

(Marílya Caroline)

domingo, 4 de novembro de 2012


"O que você quer ser, quando crescer?" Humana! Tem tanta gente, por aí, só fingindo...

(Marílya Caroline)

Fale menos e internalize mais!


Usar o facebook para desabafar não dá certo. As pessoas costumam usar as nossas palavras e interpretar a nossa dor da forma como desejam e sempre acrescentam um pouco do que pensam. As nossas dores, insatisfações ou qualquer negatividade similar se transformam e ganham peso. A gente sabe que tem gente pra isso e muito mais, portanto, aprenda a guardar um pouco de tudo. Nem todo mundo merece cem por cento do que você vive, mesmo aqueles que convivem contigo e querem seu bem. Aprenda a reservar uma parte da sua vida só para você. Aquela mais especial, sabe?! Não chame de egoísmo o que eu entendo como cautela. Guardar segredos consigo mesmo é blindar-se de estresses e aborrecimentos futuros. Quem precisa de tantos holofotes? Ninguém! Não seja tão carente a ponto de querer que todos vejam a sua dor. Não insista em ser vitrine de felicidade ou estará esquecendo que as pessoas sempre estão munidas de pedras. Um hora, vão querer quebrar a sua!

(Marílya Caroline)

Culto ao presente


O que aconteceu ontem, seja bom ou ruim, não pode interferir no hoje. A graça de ter dias e noites é justamente a renovação. A gente peca por querer que as coisas durem mais do que o tempo necessário. Foi bom? Guarde boas lembranças. Foi ruim? Esqueça. Mas não viva em função de um passado, seja ele qual for. Não se limite a viver para passar a limpo se você pode escrever de novo, de novo e de novo. O que foi conjugado no passado não deve compor as frases do seu presente. Que tudo o que "foi" possa ser substituído pelo que "é" ou pelo que "pode vir a ser".

(Marílya Caroline)

sábado, 3 de novembro de 2012

Tudo o que nunca disseram sobre o amor


Não é que falte amor. Falta quem saiba amar ou sobra quem tem preguiça de sofrer, como eu. Talvez o amor seja tão clichê e instantâneo porque ele já vem pronto. Uns até vem congelados, prontos pra "consumo". Que graça tem em repetir a façanha de príncipes e princesas, frutos de um utópico Reino Encantado? Talvez, se nos ensinassem a história inversa, houvesse mais empenho em melhorar o que já existe. Crescemos ouvindo falar de um "felizes para sempre" que não ultrapassa as páginas dos livros infantis. O amor deveria ser ensinado como ele é, para que as pessoas tivessem vontade de aperfeiçoá-lo. O amor é isso: realidade. Lágrimas, desentendimentos bobos, desencontros e imperfeições não cabem nas nossas idealizações, mas são cobrados em nossa vida. Desacreditamos de muitas coisas por elas não serem tal como nos foram contadas. A menina quer ser a Cinderela, mas não quer calçar os sapatos da realidade. É por isso que o amor fracassa. Não sentimos prazer em reinventar as historinhas fantasiosas e pouco verdadeiras que nos contam. O dia-a-dia é bem mais preto e branco do que os contos da Disney e eles são os primeiros referenciais da criança. O problema é quando a criança cresce e não abandona as fantasias. É por esperar por príncipes e princesas que nós acabamos sentenciados a viver o lado negro da história. O amor vai se perdendo ou ficando pra outra página do livro, que sempre começa, mas quase nunca termina. Não estamos aptos a encarar as cobranças da vida, tampouco aceitar que o que nos contavam para dormir, posteriormente, necessitaria de um convite para acordar. Acordar do sono profundo em que nos induziram a achar que o bem sempre vence, os casais sempre se encontram e  a bruxa é sempre a pessoa má. O que nunca disseram sobre o amor é que muito mais do que crer, falta gente pra amar.

(Marílya Caroline) 

Verdades


Cansei dos clichês, súplicas e reclamações. Cansei de ouvir mentiras ensaiadas e verdades que rasgam o peito. Cansei de ver gente fingindo e cultivando ervas-daninhas. Cansei de muita gente, inclusive de você, que eu já não sei quem é. Você que tem um nome, mas não tem uma identidade. Você que já deveria ser adulto e ainda age como criança. Você que sabe o preço das coisas, mas não sabe o valor de ninguém. Você, a quem eu confiei tanto amor. Você, causador de tanta dor. Você, que eu nunca soube quem é. Você, menino, que não sabe valorizar uma mulher.

(Marílya Caroline)