quarta-feira, 14 de novembro de 2012

É você!


Você não valia nada e eu sabia disso. Entrei no seu jogo ciente de todas as instruções e até das armadilhas perigosas. Eu conhecia os perigos como ninguém. A vida já me pôs diante de muitos deles e eu me achava "a" tal por ter superado todos eles. Doce engano, não é?! Seu jogo era diferente. Eu quis brincar de todos os jeitos com você, achando que você poderia ser mais um e eu, finalmente, teria me tornado invencível. Errei. Errei e nós sabemos disso, mas, pela primeira vez em toda a minha vida, fiquei feliz em ter me enganado. Você tem aquele jeitinho manso de me deixar sem ação, toda vez que sorri. Você parece ser capaz de esgotar todo o meu repertório de respostas prontas ao me dizer que sou tua e de ninguém mais. E sou. É você, eu sei. Mesmo que eu tenha remado contra a maré e a correnteza tenha me puxado pro lado contrário à minha vontade, ainda é você. E vai ser você apesar de todos os meus medos, anseios e até mesmo da tal insegurança que me impede de encarar isso de frente, contrariando a personagem segura e inatingível que você conheceu naquela noite, por obra do acaso. Quando você me olhou, eu tive certeza disso. Logo eu, que odeio clichês, declarações melosas e qualquer tipo de manifestação que ouse me tirar da zona de conforto, te digo: em meio à tanta gente sem graça, que nunca se esforçou de me fazer querer alguma coisa, te encontrei. E não me arrependo de ter me perdido, quando isso aconteceu. Quando você me diz que sou sua, eu tenho certeza que você não precisa da confirmação. Silenciosamente, afirmo. E reafirmo, sempre que acordo e te ouço dizer que os dias até podem ser iguais, mas nós dois vamos fazer diferente. Eu te amo.

(Marílya Caroline)

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