segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Perigo à vista!


Eu acho que você deveria manter distância. Não sei bem se por você ou por mim, mas afaste-se. Eu tenho essa mania horrível de colocar uma placa como essa, em letras garrafais, bem na porta do meu coração, recepcionando que insiste em entrar na minha vida. Não é que não haja espaço, mas fica apertado. Eu sou folgada e gosto de tudo pra mim, sabe?! Não pense que é falta de educação ou coisa do tipo, mas previna-se! Eu já vi essa história se repetir algumas vezes. Você vem, eufórico, e tenta se encaixar em alguma brecha que eu [ainda] deixo. Mas não deveria. Não deveria por quê eu tenho o péssimo hábito de sufocar, em contato com alguém. Ou a mim ou a você, mas um dos dois sai perdendo. E você vai acabar me deixando aquela velha história pra ser lembrada e, mais uma vez, eu não vou saber em quem pôr a culpa por mais um "quase" fracassado. Não quero lembrar de você e ter que esquecer, pois não precisa ser assim. Você não me confunde e eu não te faço o mesmo. Você não me tira da zona de conforto e eu te poupo do desgaste de conquistar quem não quer ser conquistada. Eu sou minha, entendeu? E essa relação não acaba com meia dúzia de palavras e algumas doses de presença. Você pode até ter minha companhia, mas vai ter que se esforçar um pouquinho mais para que eu a queira do amanhecer ao anoitecer, sem que mude de ideia, ao meio-dia. Sou inconstante e você nunca vai ter de mim uma resposta certa, quando indagar o que quero ou no que estou pensando. Nessa correria, não deu tempo pra me definir. Inútil tentativa essa de me entender, se você chegou agora e pegou o bonde andando. Quero que você entre no jogo sabendo das regras, mas evite a sede de querer ganhar. Eu não sei lidar com perdas, ainda mais aquelas que me tiram o prumo e me deixam sem saber agir. É meio vergonhoso e dessa mania infantil eu não me libertei, mas não sei perder. Se alguém tem que rodar, que seja você! Eu não vou me preocupar em ter alguém pra dar satisfação, caso eu não queira responder as suas mensagens ou te encontrar, com cara de sono. Eu não vou ter que me culpar por não me permitir ou ter que admitir que, mais uma vez, que não abriu a guarda fui eu. Vou encontrando alguns defeitos, me apossando das tuas falhas e apostando no pessimismo pra dizer que eu não estou encantada por você, pois eu me conheço há alguns anos e sei que isso vai passar. Antes que me renda às justificativas, vou te mandar ir embora, sem ter passado da sala de espera da minha vida, onde eu deixei muitos outros. Muitos que, assim como você, não me fizeram ter a vontade de deixar entrar. Medo, covardia ou bloqueio? Sei lá. Mas ainda acho melhor você evitar!

(Marílya Caroline)

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