segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Encontrar-se


De repente, você acorda e precisa mudar tudo. Enjoa do cabelo, quer renovar o estilo e mudar a cor das paredes de casa. Do quarto, no mínimo. Seu trabalho já não faz nenhum sentido e as paredes da sala de aula parecem te privar do mundo de descobertas que existe, lá fora. É assim que eu me sinto, nos dias em que achar algo que me motive parece ser como o dever de casa, que a gente trazia da escola. A rotina passa a enjaular os sonhos e a gente sente uma inveja boa (ou não) de quem acorda para encarar o trabalho e não se vê fazendo outra coisa. Mudar faz um bem danado, mas é inquietante não saber por onde começar. De vez em sempre, a gente até se sente criança, sem saber se ser pediatra é melhor que ser astronauta ou se, sendo veterinária, daria para salvar todos os seres indefesos desse Mundo. É, feliz mesmo deve ser quem já conseguiu se encontrar ou, um pouco distante do que chamo de Síndrome de Alice, sabe por onde começar. Viver bem que poderia ser mais fácil. Ser feliz e realizado deveria ser o prêmio de todo aquele que, abrindo mão da zona de conforto, se permitisse tentar. Hoje, eu queria sacudir o mundo. Descobrir o novo, reciclar o velho, esgotar as possibilidades... Me encontrar!

(Marílya Caroline)

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