quinta-feira, 21 de março de 2013

O que está implícito no manual de instrução das mulheres


Não precisamos de declarações melosas, faixas espalhadas pela cidade ou um caminhão de flores, diariamente. O que realmente faz a diferença são gestos simples, que muitas vezes são esquecidos, na urgência do "eu preciso provar que sou o melhor para ela". Dispensamos presentes, mas queremos que vocês se façam presentes. Gostamos de mensagens inesperadas, beijos de bom dia e elogios, quando sabemos que estamos lindas, mas esperamos que vocês nos confirmem isso. Precisamos do abraço sem cobrança, naquele dia em que tudo parece dar errado. Queremos provocações... Não de ciúmes, mas de sorrisos. Precisamos andar de mãos dadas e  saber que vocês entendem que isso é mais que um gesto socialmente comum aos namorados. Queremos que vocês percebam que é como se disséssemos "me guie" e esperássemos que vocês entendam exatamente o (simples) recado. Suplicamos que vocês não nos comparem às mulheres que um dia os machucaram. Nós não temos nada a ver com isso! Queremos a simplicidade dos lugares comuns, das palavras espontâneas e dos gestos que valem mais do que qualquer jóia cara e perfume importado que vocês possam comprar. Precisamos que vocês perguntem como foi o nosso dia e ouçam atentamente a resposta. Necessitamos de cuidados, quando estamos doentes e também quando não estamos. Queremos o espaço de sermos nós mesmas, sem que vocês entendam isso como afastamento ou egoísmo. Precisamos de vocês na TPM! Esperamos mimos, compreensão e respeito. Queremos que vocês  não nos tenham como mulheres idealizadas, que devem seguir o exemplo de suas mães. Queremos ser vistas como as mulheres que, diante de tantos defeitos e incertezas, escolheram vocês, entre tantos outros (Sim! Vocês precisam entender que existe um Mundo além de vocês). Precisamos ser escolhidas e acolhidas, todos os dias. Esperamos um beijo na testa, uma frase de conforto, num momento delicado, ou um simples olhar, que traduz muitos códigos. Não precisamos que vocês decorem o manual clichê que algum mal amado inventou ou que repitam, insistentemente, que é impossível nos entender. Se vocês pararem para pensar, não é de entendimento que nós, mulheres, precisamos... É de sentimento! Você já disse que ama a sua hoje?


(Marílya Caroline)


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