quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Carapuça tamanho único


Aprendi à força que se expôr, no facebook ou em qualquer outra rede social, é bem mais do que postar fotos ou informar o seu status. Se expôr é deixar sua intimidade nas mãos de quem não te conhece, mas acha que pode te julgar. Não aprendi isso rápido, mas é uma das lições que eu aconselharia todo mundo a aprender e nunca mais esquecer. Tem muita gente sem coração por aí, mesmo que digam que não se pode viver sem um. Pode sim! Tem gente que passa pela sua vida e acha que pode te julgar por tão pouco ou por um recorte pequeno de tempo em que esteve contigo. Tem gente com dedos a mais para apontar e pouca consciência para se aceitar indigno de fazer isso. Quem é melhor do que quem? Quem errou menos? Quem sabe mais? Não sei. O que eu sei é que, enquanto milhares de pessoas ousam falar de mim por saberem meu nome e poucas coisas a meu respeito, as que realmente me conhecem não se importam. Sempre haverá muita gente pra falar, invejar ou denegrir você. Poucos serão os que chegarão para te dar exemplo ou te fazer melhor do que tu és. Não são palavras que me ofendem. O que mais me dói é saber que, enquanto vejo umas escolhas erradas como aprendizado e, mesmo assim, torço para ter ensinado algo a quem passou por mim e pela minha vida, tem gente que ainda se vê na obrigação de me atingir com meia dúzia de palavras ensaiadas. Enquanto da tua boca saem inverdades, do meu coração sai o perdão. O aprendizado, meu bem, só com a vida e um deles é que mandar indiretas ou fazer desabafos é, no mínimo, incapacidade de aceitar a devolução das tuas mentiras. Eu poderia dar qualquer outra resposta, mas ofereço o espelho: as verdades que tu negas ao Mundo não te blindam de ver o que tu és. Esse é o meu consolo.

(Marílya Caroline)

P.S: Eu sei que você lê.

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