terça-feira, 25 de junho de 2013

Segunda chance


Começar a escrever sobre você é ter que passar a limpo tudo aquilo que, incessantemente, prometi mil vezes nunca mais pensar, mas você sabe que fui capaz de quebrar todas elas pra dar uma chance a mais pro destino e poder acreditar em nós dois. Por vezes, meus pés não aguentaram e meus joelhos se curvaram ao chão, numa tentativa de pedir, aos céus, alguma luz pra nós dois, enquanto você me fazia crer que meus medos ficaram no passado e, finalmente, havia algum bom pra nós dois. É estranho quando a gente quer mudar o rumo da vida e insiste em reciclar, do passado, um alguém pra ser o nosso presente e nos fazer crer em alguma promessa de futuro. É difícil quando, além dos meus medos, tenho que vencer o Mundo pra te dizer sim e não ter nenhuma garantia de que tudo isso vai dar certo. O que eu sei é que fiz, mais uma vez, o que não pensei fazer por ninguém mais. Mergulhei de cabeça nas tuas palavras e, novamente, encontrei a piscina vazia. Quebrar a cara dói, mas traz consigo a lição de que nem sempre a gente deve acreditar no que o coração diz, se não tiver dialogado, anteriormente, com a razão. O meu coração só sabia dizer teu nome, enquanto mil vozes me diziam pra não ter pressa, mas eu sou teimosa e isso sempre me fez pagar mais caro do que o que realmente valia. Mais uma peça do destino e eu, mais uma vez, sem você. Parece mesmo que todos os ventos sopram no sentido contrário, só eu demorei a perceber. E, como diz a velha música, "quem irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?". Certamente, quem soube que nós dois, vai afirmar que não. Só me resta agora ter força, pra não cair em contradição. Pra todos os erros cometidos, enganar a si mesmo é o único que não tem perdão.

(Marílya Caroline)

Nenhum comentário:

Postar um comentário