terça-feira, 28 de maio de 2013

Ei, orgulhosa!


Até onde o teu orgulho te levou? Me diz. Talvez até a metade daquele relacionamento em que você achou que poderia dar certo e recuou com medo que realmente desse. Não sei que temores te aprisionam ou se é do medo de ter medo que você é cativa. Também não sei que recompensas você recebeu do teu jeito de viver na defensiva para achar que sair do casulo não é tão bom e confiável. Acorda! Teus escudos até te blindam de certas coisas, mas você não sabe quanta coisa você poderia ganhar se você ousasse, por uns instantes, colocar alguma coisa à tua frente que não fosse ele. Coragem, minha amiga! Coragem pra sair da toca e pra acordar pra vida. Até aqui, onde o teu orgulho te levou? No máximo, para conhecer meia dúzia de caras bonitos, fortes, bem vestidos e vazios. Nenhum deles te convidou para sair do teu mundo e o mais próximo que alguém chegou dele, você não soube ou preferiu não convidar para entrar. Não era vergonha da casa bagunçada, mas do coração pouco receptivo. Você não tem medo de se envolver com alguém. Teu medo é da relação que você tem consigo mesma esfriar. Você tem pavor da ideia de perder o controle do que, até agora, foi premeditado e meticulosamente calculado por você. O previsível é confortável, mas cansa. E cansa também chegar até a beira do rio e não mergulhar. Não é de nadar no outro que você tem medo. Você abomina a novidade de se permitir ser o que você sempre negou ao mundo: humana. E a humanidade, meu bem, vem carregada de fraquezas. Não é negando-as que você vai se livrar delas. Não é caminhando em círculos, à sua volta, que você vai chegar à algum lugar. Tire as vendas, perca o medo e abra mão da zona de conforto. Aceite outros guias que não sejam o orgulho e, de uma vez por todas, permita que alguém derrube as muralhas que existem dentro de você. Mas eu te digo, meu bem: a primeira marretada é sua! A vontade tem que vir de você. Não tenha medo de que te ceguem. Tenha medo de ter olhos perfeitos e não se permitir ver que não há ninguém no mundo que decida por você. Entre tua felicidade e teu orgulho, quem você vai deixar vencer?

(Marílya Caroline)

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