quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A um alguém qualquer...


Tenho escrito todos esses versos para você, que eu não sei o nome ou que semblante tem, porque sempre fui melhor com as palavras do que com os gestos. Acho que você sabe ou percebeu, em algum momento. Resolvi chamar de você por não querer invocar-te por "meu amor". Aprendi que o amor que eu zelo é por mim mesma e este me corresponde... me completa. Você é só uma brisa que toca o meu rosto, mas escapa pelas minhas mãos, entende? Percebes que não dá pra concretizar a nossa história? Ficamos entre os espaços que eu fui deixando, para que você, sutilmente, preenchesse. Faltou capacidade, interesse ou jeito? Tua resposta já não é tão importante quanto as perguntas que deixei de me fazer. Será que ele não me ama? Será que ele não existe? Será que ele não virá? Troquei tantas interrogações por algumas certezas. Ele foi por não ter tido tempo de me conhecer. Eu fiquei por ter certeza de quem eu sou.

(Marílya Caroline)

Nenhum comentário:

Postar um comentário