sábado, 22 de outubro de 2011


Não quero que me procures quando o teu corpo, fadigado destas procuras inúteis e mundanas, perceber em mim o repouso perfeito. Quero ser mais do que ancoradouro para as tuas dores. Me procure quando o teu coração sobressair às tuas necessidades carnais e quando tu souberes encontrar prazer em ser permanência e não apenas passagem. Que voltes a me encontrar quando tua boca encontrar o mel que só a maturidade traz, para que eu não precise, uma vez mais, ter que me desfazer deste gosto amargo que me deixastes nos lábios.

(M.C.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário