segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Deixe seu curriculum!


Olhar do lado e não ver alguém é lembrar em dobro como a solidão lateja e faz pulsar o sangue adormecido, da ferida que abriram em nós. Dias chuvosos e domingos são ainda piores. Por mais descolada e segura que eu seja, esse alguém faz falta. Nem todo coração blindado é assim 100%. É um segredo meu, mas eu vou confessar que isso é só um desafio que eu impus a mim e aos outros. Quem for mais corajoso, leva! E me leva junto, mas precisa passar por uma série de testes. Eu queria que meu celular tocasse ou anunciasse uma mensagem tua. Eu queria que você me fizesse acreditar que abraços são bons e a gente ainda pode acreditar em alguém, não cem por cento, pois é pedir demais, mas o suficiente para me tirar do comodismo de não querer ninguém. É mais medo do que cuidado. Coração que já foi despedaçado tem medo de ser jogado ao chão novamente e foge de cola barata. Não foi fácil. Nem todo homem vê mais do que o decote e a saia curta mostram e por isso que nem todos me merecem. Dispenso, não dou bola e até aceito o rótulo de indiferente. Não dá pra se doar de graça. Não é Natal ou muito menos liquidação afetiva, mas dava pra fazer um esforço. Dava pra você, que eu ainda não sei quem é, me fazer acreditar um pouquinho nas coisas. Eu confesso que nem eu mesma acho que isso é possível, mas tenta. Hei de pontuar você não pelos acertos, mas por todas as tentativas. Uns tentaram me fazer de trouxa. Você pode me fazer mulher.

(Marílya Caroline)

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