domingo, 28 de outubro de 2012

Sinal de alerta: carência


A verdade é que toda mulher sente falta de um alguém do lado, mas isso não significa precisar dele. Ninguém é dependente de ninguém e esse é o ingrediente mágico pra receita do amor dar certo. Somos livres, temos consciência disso e nos escolhemos, mas não precisamos roubar o espaço um do outro. O meu começa onde o seu termina e, numa soma perfeita, somos dois e não um só, como insistem em reduzir por aí. Essa é a lei da minha vida e o critério número um pra alguém fazer parte dela. Especialmente hoje, estou sentindo falta de candidatos à vaga que deixei aberta. Rola aquele velho clichê de que "vaga tem, mas falta alguém qualificado para ocupá-la". A noite está fria e estou sentindo falta de alguém para jogar conversa fora, dar boas risadas e me fazer cafuné. Não que eu seja essas românticas idealizadoras, mas eu sou mulher, ora! Mulher tem disso mesmo, mas não pode usar como justificativa para acolher qualquer canalha. Cuidado com as ofertas, quando se está à procura. A sede faz com que a gente beba qualquer tipo de líquido, tal como a fome nos faz engolir até mentiras. A pior de todas elas é a fome sentimental. Essa que me acomete esta noite. Não vou sair. Não vou caçar você como quem procura carne fresca. O risco de uma indigestão é grande. Vou colocar a minha carência numa caixa, no alto de uma estante, e esquecê-la até me sentir segura para conhecer alguém legal, mas procurar não rola. Não rola se contentar com qualquer coisa, só pra ter alguém pros dias de inverno ou para os momentos de deprê. Lembra da regra número um? Tratei de colocá-la à frente dos meus instintos e dessa perigosa carência. O tão falado amor não é só é uma escolha. É ter quem acolha!

(Marílya Caroline)

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