domingo, 10 de fevereiro de 2013


Eu sei que o mundo não vai acabar, mas tá doendo muito agora. Tá doendo porque eu me doei demais e achei que parte do meu mundo era você. Pior ainda: te fiz a maior parte de mim e, agora que você se foi, tá doendo pra reconstruir. Você nunca deve ter se apegado a ninguém. Um mês pode parecer pouco, mas foi o suficiente para me fazer esquecer o que eu fazia em todos os outros, senão lembrar você. A saudade dos simples gestos aumenta e o celular que toca, não mais pra anunciar uma saudade tua, me diz pra não esperar mais. Você não vem e eu preciso aceitar. Preciso deixar doer até não fazer mais calo na alma, só para me esvaziar de você e fingir pra mim mesma que tudo passou e, se não passou, não vai demorar muito... Mas cada segundo longe de você é o infinito pulsando  no vazio que você deixou. Apesar dos pesares, a força que tenho feito para não me desfazer do que me resta do amor próprio e ir atrás de você é mais potente do que os motivos que me fariam pedir pra voltar. Voltar pra mim, agora, não seria uma decisão madura da sua parte. Eu sinto sua falta, meu bem. E lembro com saudade de todas as juras que você me fez quando me provocou um sorriso ou, quando não disse nada, e falou tudo que eu precisava ouvir. Eu sou a menina ingênua que brincou de ser confiante e segura pra você admirá-la, mas confesso que me desfaço de todas as armas para te dizer que está doendo sem você, a saudade aumenta e o coração aperta, mas vai ser melhor assim. Deus tem um plano bonito pra cada um de nós. Eu acredito nisso. Rezei, todas as noites, para que os nossos coincidissem, mas Ele não quis e você confirmou isso. Ao invés de te ligar e dizer que te amo, vou conversar com Papai do Céu. Hoje, Ele é quem vai me dizer isso, mas a diferença é que eu posso confiar. Deus nunca vai me abandonar. Essa dor? Tá latejando, mas sei que vai passar.

(Marílya Caroline)

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