quarta-feira, 8 de junho de 2011



E, só então, eu descobri que tinha asas. Foi o bastante para que eu tomasse o infinito como morada. É lá onde eu me escondo quando me perco. Não permito que nada me prive do prazer de voar. Nos dias de hoje, com tanta coisa cinza roubando o lugar das cores, é sempre bom ter um refúgio onde se abrigar quando se quer fugir até de si mesmo. Descobri o valor de minhas asas. Não tenho ouro nem prata, mas a liberdade que habita meu ser me permite conhecer tesouros muito mais valiosos que, até então, eu nem sabia que existia. Sou feliz agora.

Autoria: Marílya Caroline

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