sábado, 26 de maio de 2012

Ama-se a conquista ou o conquistado?



Chega a ser cômico como a gente ainda confunde amor com capricho. Na verdade, o envolvimento tem mesmo um pouco disso. Não gostamos do outro, mas daquilo que ele provoca na gente. A partir do momento que ele já não me mostra apto a fazê-lo, rapidamente trocamos por um outro alguém que esteja disposto a dedicar um pouco do seu tempo para a nossa satisfação. É mais ou menos por isso que dizem por aí que pessoas gostam do que não tem. Eu concordo. Bom mesmo é o sabor da conquista. Aquele prazer que a gente sente, admitindo ou não, em saber que o outro corresponde às nossas investidas. Paixões são ótimas massageadoras de ego e os homens sabem disso. A gente faz isso com os outros até sentir-se bem. E vai se sentindo preenchida por algo que não é nosso. Quando isso acaba, o sofrimento é intenso, mas só dura até que um outro alguém apareça, para reiniciar o ciclo... Para nos dar aquele impulso que precisamos para voltar a encarar o espelho e dizer: Eu sou foda! Consegui o que queria. A coisa vai mudar quando você souber a diferença do "que" e do "quem". Não coisifique o seu coração. Esteja inteira, para que alguém possa ter o prazer de estar ao seu lado não mais para que você se sinta mais mulher ou mais homem, mas para que, pela primeira vez, você possa experimentar a sensação de ser feliz. 

(M.C.)

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