Chegou a época de calmaria, após uma longa fase de turbulência. Talvez eu tenha perdido muito tempo para me encontrar em meio às expectativas demasiadas que costumo depositar nos outros e agora queira ser só minha. Minha e de mais ninguém, num lugar onde a negatividade não chega e as decepções não alcançam. Gosto de me sentir assim, inteira... Inteiramente imersa num amor que tem retorno e nunca traí. Existem certezas no amor próprio e é isso que sempre me faz voltar para ele, quando todo o resto me diz que não dá para continuar. Na verdade, as certezas só repousam naquilo que nós construímos. Se insistirmos em colocar tijolos alheios, o castelo desmorona. Não sei porque eu ainda não me dei por vencida quanto a isso, mas é sempre assim. Os ciclos se fecham e eu retorno ao ponto de partida. Eu volto a ser só minha, sem expectativas, sem frustrações, sem desenganos...
(M.C.)
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