sábado, 19 de maio de 2012

Até que ponto mudar pelo outro é vantajoso?



Então você se vê obrigada a podar-se também, mesmo que ainda não seja outono e que você tenha apego às folhas que enfeitam teus galhos. A todo momento, estamos fazendo isso. Se não o fazemos sozinhos, alguém nos impõe uma mudança ou outra, de forma que o nosso jeito se encaixe melhor no jeito do outro. O reajuste é necessário, embora isso não seja tão agradável como seria se não precisássemos abrir mão de algumas manias que a gente acumula ao longo da vida. Quem foi que disse que temos que nos despir de nossas manias para não incomodar o outro? Não teria, ele também, obrigação de fazê-lo por nós? É isso que ainda me intriga. Uns pecam por excesso, outros por falta e o ser humano nunca está satisfeito. O problema é que perfeição não se faz de carne e osso e muito menos por manuseio nosso. Não existe, por mais que haja esforço e amor na vontade de mudar, quem consiga ser perfeito. Perfeito para aquilo que o outro espera que nós sejamos. Antes de exigir uma adequação alheia, tente fazer isso em você mesmo. É bem mais complexo enxergar os defeitos que nos cabem, não é?! Não seria esse o calo da relação? Alguém tem que ceder. Faça você primeiro. Não fique imaginando "se" ou "talvez". Quem quer ver mudança no outro, começa fazendo isso por si mesmo. Ninguém é obrigado a abrir mão de si para ser um "nós", se a iniciativa não partir do "eu". Quem quer que dê certo, arranja um jeito de fazê-lo. Se não houver esse jeito, ainda vai sobrar amor para inventar uma outra forma. Não tem segredo: eu aceito as tuas diferenças e tu aprendes a conviver com as minhas.


(M.C.)


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