terça-feira, 29 de maio de 2012

O que aprendi com a minha mãe...


Eu lembro da minha mãe dizendo para ter cuidado na entrega. Eu lembro também que costumava reclamar do meu joelho ralado, de não ter a lancheira da moda ou de não poder ir a determinada festinha bacana, que os meus amiguinhos frequentavam. Eu não sabia que as coisas amargam quando a gente cresce. E a gente cresce mesmo por imposição da vida, não por uma escolha nossa. Se eu pudesse, voltaria para o ventre. Voltaria pro abraço de mãe sempre que meu coração despedaçado me fizesse voltar à posição fetal, só para minimizar a dor. Eu lembro dos meus pequenos grandes problemas, que nem se comparavam a estes que eu tenho que carregar agora. Sozinha... Sozinha e de cabeça erguida, pois é assim que mandam. Eu lembro sempre de você, mãezinha. Lembro do teu amor incondicional, que eu nem ouso comparar aos que eu encontro lá fora. E vejo que a vida é muito dura para quem não aprende em casa. Vejo que o tempo é implacável com quem não sabe dançar no compasso dele, assim como para quem se perde na dança. E percebo que seguir é necessário, que uma dor pode não ter cura, mas tem sempre como ser amenizada e que o melhor remédio para quase todas as coisas da vida é mesmo uma boa noite de sono, um sorriso no rosto e uma vontade de recomeçar... de reescrever ou de começar a rabiscar novas linhas, novos jeitos de ser feliz com o que se tem e o que se é. Eu lembro das tuas palavras doces, me dizendo para não confiar tanto nas pessoas. Lembro de todas as vezes em que tua palavra foi meu único conforto, quando o Mundo me machucou lá fora. E é pro teu amor que eu sempre volto, pois foi dele que eu vim. E não há amor maior... Não há amor igual!

(M.C.)

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