segunda-feira, 5 de dezembro de 2011


Hoje eu só queria ouvir: “Eu te procurei pra saber se você está bem”. (Caio Fernando Abreu)

... E não estou, mas você não sabe e muito menos me procurou. Pela primeira vez, desde aquele tempo, eu me vi sozinha e sem ninguém para abraçar. Foi aí que eu lembrei ainda com mais força de você e chorei mais. Sabe porquê? Porque cansa. Cansa e machuca a gente se doar tanto para as pessoas e não receber nada em troca. Eu vivo achando que o problema está em mim, por serem tantos. Você, o de agora. E tem dias que não dá mesmo para achar que dá para mudar o Mundo. Eu perdi as minhas forças e precisei das suas, mas você sempre esteve ocupado (ou desocupado) demais para tomar conta da minha fragilidade tão bem disfarçada, não é?! Não importa. A vida segue, independente das minhas chagas abertas e, mais uma vez, eu sou obrigada a entender que "não sou a primeira e nem a última", como se isso justificasse e amenizasse alguma das minhas dores e perdas. Tem gente que acha bobagem, outros se limitam a dizer que "o tempo cura", como se houvesse algum remédio que agisse no peito e na alma enquanto esse tempo não chega. Eu me recusava a achar que existia gente tão insensível à dor dos outros, mas agora eu sei que existem e, infelizmente, são as que chegam para morar no meu peito. Não sei escolher, não sei esperar e, ultimamente, não estou conseguindo entender. Diante disso, o que me resta agora? Você não podia solucionar todos os problemas do Mundo, mas tinha o dom de me fazer esquecê-los...

(M.C.)

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