"Os homens são todos iguais" e "nenhuma mulher sabe dar valor a um homem que seja bom para ela" são as duas maiores mentiras que eu tenho escutado. Não é bem assim. Na verdade, nós é quem estamos acomodados a generalizar. O ser humano tem tendência a fugir daquilo que é diferente, seja por medo ou por não saber como lidar. Entender que a mulher ou o homem que te chamou a atenção não é igual aos que você conhece te coloca, imediatamente, em conflito com suas experiências. E agora? Como agir? Será que irei agradar? Perguntas como essa martelam em nossa cabeça e nos roubam a segurança. Diante do medo, apelamos para o comodismo das generalizações. Temos medo daquilo que não conhecemos e mais ainda daquilo que nos agrada. Até quando agradaria? E se o véu rasgar e as máscaras caírem? Não coloque o medo diante das oportunidades, para não correr o risco de perdê-las. Em probabilidade, admitimos cinquenta por cento de sucesso e cinquenta por cento de fracasso. A porcentagem é a mesma. Qual você escolheria? Certamente, a que não te conduz à novidade. É mais fácil deixar passar que se arrepender de ter tentado, mas não é mais digno. Não podemos ser escravos do medo e cativos do comodismo. Não podemos atribuir a uma pessoa legal a culpa por termos conhecidos pessoas más, nem tampouco estender os defeitos e queixas com o sexo oposto a toda e qualquer pessoa que aparece em nossa vida. Além de transparecer insegurança, isso é chato e acaba por afastar quem poderia nos fazer pensar diferente. Uma boa dica é apostar nas atitudes. São elas que nos trazem a verdade e nos livram das mentiras e incertezas que acreditar e confiar no outro pode nos trazer. É um risco. Apostar e ganhar ou acreditar na derrota e nem ao menos tentar. Não deixe que o teu passado borre o teu futuro. Não faça comparações, se não estiver disposto a sentir-se, o tempo todo, testado. Não atribua culpas e estereótipos a quem você não conhece. Para evitar o sofrimento e a decepção, não se faz necessário fechar todas as portas que dão acesso à sua vida, mas saber escolher quem merece entrar.
(M.C.)
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