domingo, 22 de julho de 2012

Idade não quer dizer maturidade


A sociedade impõe a ideia de que pessoas mais velhas são mais sábias e peritas a respeito de determinados assuntos e situações, mas o cotidiano nos mostra que não é bem assim. O Mundo está aí para provar que não é a idade que determina o quanto você é maduro e vivido, mas aquilo que você, com inteligência ou não, retira do que vive. Há quem tenha visto os maiores acontecimentos do Mundo e não saiba aquilo que isso influenciou em sua vida e há quem, desde a adolescência, carregue nas costas a responsabilidade da vida. Há quem se gabe dizendo que não se relaciona com pessoas mais novas e há quem prefira fazer isso por achar que quem tem menos idade é uma lousa em branco, tal como defendia Aristóteles e John Locke, em que se pode imprimir o que quiser. Errados, vivemos sob uma ditadura do tempo. Os ponteiros do relógio e a data de nascimento impressa em um papel qualquer determinam se somos maduros ou não. Rejeitando toda essa medição equivocada das experiências que nos fazem evoluídos e maduros, acredito que saiba mais não quem mais presenciou e ouviu, mas quem aprendeu, com o tempo e as circunstâncias que teve, o jeito certo de viver. É maduro quem honra o que diz, quem sabe o que quer ou, pelo menos, define o que não quer.  Idade é o peso que a gente carrega na cabeça e na alma. Daí o conceito de pessoas vazias. O que você armazena em sua mente é suficiente para você se considerar dono de si? O que você sabe te faz viver e agir melhor? É o tempo quem te administra ou é você quem o controla? Você é refém do que sabe e prisioneiro do que ainda não descobriu? Antes de julgar o que sou pela idade que tenho, saiba entender o que digo. Procure saber como eu vivo e debater o que falo. Tenho 18 anos de idade, mas muito tempo de história.

(M.C.)

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